sábado, 31 de maio de 2008

Yellow Streets

O mercado de vídeos de skate no Brasil cresce a cada dia, mostrando o verdadeiro nível de skate que acontece por aqui.
Vídeos de marcas, vídeos independentes, com muitos recursos ou sem recursos nenhum, eles tem a idéia de passar uma mensagem e de marcar um momento na vida de todos, para que as recordações não fiquem apenas na memória.
Dentro desse mercado que cresce a cada dia e que contribui muito com a evolução do skate um vídeo independente vindo de Maringá no Paraná me chamou demais a atenção pelo alto nível de suas manobras, estou falando do Yellow Streets.

Para falar melhor sobre esse ótimo vídeo nacional, ninguém melhor que Kaique Arita, skatista com uma excente parte no vídeo e diretor do mesmo que em poucas palavras explica o que é Yellow Strees.
“Cayo Corbello, Kaique Arita, Gustavo Gomes, Vitor Morimoto, JV Ganem, Rafael Santos, Willian Nascimento, Lindolfo Oliveira e companheiros compatíveis. Durante o outono, as “sibipirunas”, árvores típicas que cobrem as ruas de Maringá-PR, derramam sobre o escuro asfalto das ruas da cidade, pequenas flores que em “conjunto”, formam um imenso tapete amarelo. Entre discussões, verdades, dificuldades, apoios e críticas, somos o que somos porque escolhemos sermos apenas nós mesmos, por nós e para nós. Simples, mas nós mesmos. Independente e original, ramificando nosso estilo e cultura dentro do universo do skateboard, que se resume em parte de nossas vidas e de nossas almas.”
Um vídeo com direção de Kaique Arita e Rafael Santos, direção de arte e fotografia de JV Ganem com a edição do Banzai Studio e supervisão de Willian Nascimento, com certeza um vídeo que não pode faltar na coleção de quem gosta do verdadeiro skate de rua.
Confira agora um pouco deste grande vídeo nacional.

sábado, 24 de maio de 2008

Confiança

Confiança é a base para muitas coisas em nossa vida, desde se relacionar com as pessoas como para poder dirigir, andar na rua sozinho e também andar de skate.
Durante a sessão, muitas coisas podem acontecer entre elas você não acertar aquela esperada manobra, o que para algumas pessoas é uma grande frustração enquanto para outras é uma dose a mais de motivação.
Agora quando alem dessa manobra não sair ocorre aquela lesão inesperada, sair carregado do pico e ter que ficar afastado do skate por um período podem gerar um trauma na vida do skatista.
Mesmo depois de recuperado o fato de retomar o skate de onde parou, acertar aquela manobra que o fez se lesionar, voltar ao pico onde tudo aconteceu pode ser um bloqueio mental difícil de ser superado.

Nollie nose no terminal em CTB ja recuperado da lesão

Com certeza uma boa recuperação para a volta à ativa inclui curar as lesões físicas e principalmente convencer a mente de que as coisas precisam voltar a ser como eram, a recuperação psicológica é muito importante para a volta ao skate,onde o principal aspecto a se encontrar é a retomada da confiança naquilo que já foi feito e que você vai voltar a fazer, e principalmente o que você ainda fará de novo sobre o skate.
A dica fica para um retorno gradual ao skate, após a alta da fisioterapia, iniciar com manobras simples, recuperar a base perdida para depois sim com a confiança retomada voltar ao nível de onde se parou para poder seguir em frente.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 17 de maio de 2008

Skate Terapia

Dando continuidade a série que mostra como venho utilizando o skate dentro do meu estágio de fisioterapia para auxiliar meus pacientes nas mais diversas funções, vou falar um pouco como o skate pode auxiliar e muito também o trabalho de membros superiores. O paciente J.C sofreu um AVE algum tempo atrás e um dos meus objetivos durante o tempo que o tratei era melhorar a função do seu ombro, pois o mesmo é hemiparético espastico a esquerda , tendo o padrão habitual da patologia.
Com o auxilio do skate consegui realizar trabalhos para o ganho de força, propriocepção e principalmente um ganho considerável de ADM, com atividades como as demonstradas nas fotos.
O legal deste trabalho é ver que os pacientes indiferentes da sua idade se sentem motivados para uma atividade diferente da terapia convencional, o que facilita a terapia de forma global.
Graças ao skate consegui atingir meu objetivo na terapia e pude novamente demonstrar que o skate é benéfico para todos, indiferente da idade, sexo, raça, etc e todos nós skatistas já sabemos disso, agora é a hora de mostrarmos isso para toda a sociedade e subirmos mais um degrau dessa longa escada.
Gostaria de agradecer ao paciente pela oportunidade de demonstrar meu trabalho, a professora Juliana Firmo pela confiança e principalmente a todos que tem deixado comentários no blog, afinal ele é feito para vocês.Quem quiser obter maiores informações deixe o link do Orkut ou o MSN junto do comentário que com o maior prazer entrarei em contato

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Skate Terapia

Que o skate é um estilo de vida, um esporte, que tem uma cultura muito vasta e de grande apelo jovem todos nós já sabemos.
O fato de andar de skate há muitos anos, com certeza influenciou e ainda influencia a minha forma de viver, só nós skatistas saímos às ruas e no local de um banco de mármore em uma praça, nós vemos uma bela borda e já imaginamos aquela manobra, ou simplesmente uma escada e já logo paramos para ver a entrada, a saída, o corrimão ou se algum segurança vai encanar na sessão, sem falar no estilo de vida baseado na cultura do skate, como as roupas, as artes e principalmente a musica. Essas influencias me abriram várias portas nesses anos de prática do skate, me trouxe muitos amigos e principalmente a vontade de superar obstáculos.
Durante o estágio em Neurologia Adulto, me deparei com uma paciente com Esclerose Múltipla e que como característica da doença tinha um déficit grande de equilíbrio e principalmente de força em membros inferiores, o que dificultava suas atividades de vida diária.Estudando muito a doença, e após alguns treinos de resistência, força muscular e balance tanto em solo como em aparelhos, pude notar uma melhora considerável no seu estado clinico, foi quando me veio à cabeça a idéia de trabalhar todas essas variáveis ao mesmo tempo e a ferramenta ideal para isso seria o skate.
Com o skate trabalhamos equilíbrio estático e dinâmico, resistência e força muscular, lateralidade, propriocepção, noção de velocidade e espaço e dissociação de cinturas, realizando algumas manobras com o skate ou simplesmente ficando em pé sobre o mesmo ou remando de um lado para o outro.
Implantando o skate durante as terapias percebi uma melhora muito grande no quadro clinico da paciente e principalmente na parte motivacional, o que trouxe um grande resultado para o tratamento de forma global.
Essa é mais uma porta que se abre para o skate, ainda pouco explorado por fisioterapeutas e educadores físicos, e que em minha opinião continuara sendo, pois só nós skatistas sabemos o quanto difícil é praticar este esporte, tanto na parte física e biomecânica de suas manobras como na parte psicologia, e principalmente os benefícios que ele trás aos seus praticantes.

Gostaria de agradecer a paciente pela confiança durante o tratamento e por disponibilizar as imagens e a professora Juliana Firmo por enxergar que novas técnicas podem ser implantadas durante a terapia e acreditar na criatividade de seus alunos, ajudando-os a superar seus desafios, como acontece diariamente no skate.



sábado, 3 de maio de 2008

Entrevista

Um cara sagaz, um guerreiro em cima do skate sempre buscando a perfeição em suas manobras, e quando isto não acontece à raiva explode, igual suas manobras cheias de pop nos principais picos de Guarulhos e de São Paulo. Este é Derick integrante da Primeira Classe Crew mostrando um pouco do seu skate aqui no Skate Saúde.Nome: Derick da Silva Puche
Idade: 17 anos
Tempo de Skate: 6 e meio
Local: Guarulhos-SP
Patrocínio: Skate Saúde e Bally Bagus

SS- Como foi seu início no skate?
Um amigo meu tinha um skate, a gente estava no carro do pai dele escutando música e do nada ele acabou tendo que sair fora, e acabou esquecendo o skate. Ai eu levei o skate para casa e comecei a andar, só que ele nunca mais me pediu o skate de volta e ele acabou ficando para mim.

SS- Quais skatistas te influenciaram?
André Genovesi, Wade Desarmo, Grant Paterson, Paul Rodrigues, James Bambam e Marcos Morto.

SS- Qual o seu pico preferido?
Quadra da Brama em Guarulhos.

SS- Quais qualidades um skatista deve ter?
Humildade, Simplicidade e amor pelo que faz.

SS- Qual manobra você sente mais prazer em acertar?
Hard Hell Grind de Front e Fakie Flip Croked de Back.

SS- Você é um skatista que esta sempre andando na rua, mas também acaba se dando bem em campeonatos, qual o segredo do sucesso?
Não se preocupar se esta na rua ou na pista, é colar e mostrar o que sabe fazer



SS- Como você definiria seu estilo de skate?
Um gangueiro atual que não se preocupa só em ter estilo e técnica, eu procuro mesclar tudo isso com agressividade nas minhas manobras.

SS- O que você acha dos campeonatos amadores na atualidade?
Poderiam ser melhores, pois desvalorizam muito os atletas as voltas de 1 minuto.

SS- Você já se lesionou andando de skate?
Sim, já tive um entorse no punho após cair sobre a mão.

SS- Como você se sente sendo patrocinado pela Skate Saúde?
Bem (risos). Sinto-me confiante e sem preocupações para andar de skate, me preocupando somente em evoluir.



SS- O que de mais importante o skate te trouxe até hoje?
Felicidade, Conquistas e nas dificuldades do skate aprendi a agir como um homem de verdade.

SS- Como foi participar de um programa com skate na televisão?
Para mim foi ótimo por ser um lugar de grande exposição, isso ajudou muito na minha carreira de skatista.

SS- Melhor sessão que você já fez?
No Vale, neste dia eu estava inspirado e acertei tudo. Estava eu, Gema, Quadrado, Klebão e a gente ficou o dia todo lá.

SS- O que o Carne Nova da revista Tribo acrescentou na sua carreira?
Foi uma satisfação pessoal, uma parada que eu consegui com muito esforço e que eu só tive a ganhar, tanto dentro do skate como para minha vida pessoal.

SS- Quais seus planos para o futuro?
Apesar de gostar muito de andar de skate, eu quero ter um estudo, um trampo bom e me preocupar com as coisas que eu vou ter quando parar de andar de skate.

Agradecimentos: A Deus, Thiago Pino, Daniel Quadrado, Gema, Rodrigo Kbeça, Tilskater, minha esposa Oneide de Oliveira, minha avó (em memória) e todas as pessoas que de forma direta ou indireta me ajudam.