sábado, 23 de fevereiro de 2019

A sesamoidite no skate

O pé do skatista é a região do corpo que tem contato direto com o skate e o chão, sofrendo diferentes tipos de impactos na sessão que podem levar a algumas lesões, hoje falaremos sobre a sesamoidite.
A sesamoidite é uma inflamação nos ossos sesamóides, causada por uma sobrecarga muito grande na articulação entre o dedão e o pé (metatarsofalangeana), que pode levar a inflamação, dor, inchaço e até fraturas. Normalmente, acomete praticantes de atividades de alto impacto, como o skate, e frequentemente está acompanhada de calosidades.
Os ossos sesamóides funcionam aumentando o braço de alavanca (polia) dos músculos que neles se inserem. Durante a fase de propulsão da marcha (fase que a ponta do pé cria impulso para irmos para frente), os sesamóides aumentam a eficiência da musculatura com as quais se relacionam e também são pressionados contra o chão, nesse momento é exercida uma grande pressão sobre os sesamóides e, se essa pressão for excessiva, pode acabar evoluindo para uma sesamoidite.
Essa patologia causa uma dor bem localizada na região anterior ao dedão embaixo do pé. Não é uma condição muito grave, mas pode levar a algumas limitações nas atividades normais por causa da dor. As principais causas da sesamoidite estão relacionadas ao aumento das pressões na região anterior ao dedão do pé, como na hora de remar e na volta das manobras.
Isso pode ser decorrente devido à grande quantidade que o skatista rema durante a sessão ou para se locomover com o skate, do alto impacto causado pelas manobras, calçados inadequados, excesso de peso, alterações na marcha, diferenças e deformidades anatômicas.
O tratamento consiste em repouso, medicação via oral (anti-inflamatórios), gelo, fisioterapia (geralmente ultrassom e lazer), alongamentos e em alguns casos o uso de palmilhas ortopédicas.
 Os tênis de skate são um caso a parte, geralmente escolhidos pelo custo ou pelo design pela maioria dos skatistas, tem papel fundamental na saúde dos pés dos skatistas.
 Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Sacroileite e o skate

Uma das causas comuns de dores nas costas e quadril dos skatistas é a sacroileite. Essa dor pode ser decorrente da disfunção da articulação sacroilíaca (SI), que é a articulação entre seu sacro e ílio. A dor ocorre quando a articulação se torna rígida ou solta.
A dor relacionada à articulação SI pode ser semelhante à dor lombar, muitas vezes irradiando para as nádegas ou para o posterior da coxa. O tipo de dor pode ser aguda, pontiaguda ou opaca, e geralmente localizada em um lado da pélvis / região lombar, virilha ou cóccix, com ou sem sintomas de irradiação para a perna.
A disfunção da articulação SI pode causar dor durante atividades diárias como, curvar-se para frente, pegar algo do chão, ficar muito tempo em pé, levantar-se de uma posição sentada, virar na cama e atividades unipodais (peso do corpo de um lado só).
Problemas com a articulação sacroilíaca podem levar o seu corpo a supercompensar ou mover-se de forma não natural. Causas da dor podem ser de artrite lombar secundária à fusão das vértebras, cair de um lado do corpo, hipermobilidade do quadril, overtraining e desequilíbrios musculares.
Embora a dor relacionada à disfunção do SI pareça inevitável, há uma série de opções de tratamento que podem trazer alívio. A primeira coisa a tentar é descansar, e procurar um médico do esporte para encontrar a raiz da sua dor, especialmente se está limitando suas sessões ou diminuindo a performance. Obter uma avaliação da sua lesão pode levar a opções que podem incluir medicação, testes diagnósticos adicionais e fisioterapia.
Cuidar do seu corpo é cuidar de você e aumentar sua vida útil sobre o skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

As lesões meniscais no skate

O joelho é uma área de grande preocupação para todos os skatistas, é o segundo local do corpo onde mais acontecem lesões e por isso todo o cuidado é pouco, hoje falaremos sobre uma das lesões mais comuns, a dos meniscos.
Os meniscos são estruturas em formato de “C” essenciais para a biomecânica do joelho, agindo como lubrificadores, estabilizadores, amortecedores e distribuidores de carga dentro da articulação. Possuímos dois meniscos: um interno, maior e menos móvel, denominado medial e um externo, menor e mais móvel, denominado menisco externo.
As lesões meniscais classificam-se em dois grupos: as traumáticas agudas, típicas de skatistas jovens, onde entorse do joelho é o grande vilão e as degenerativas, mais comuns após os 40 anos de idade, sendo o micro-trauma de repetição de cargas cíclicas de esportes, como o skate, o mecanismo básico causador da lesão.
As lesões meniscais causam sintomas característicos como dor bem localizada com períodos de alívio e agravo a determinados movimentos como agachar e cruzar as pernas, inchaço, e bloqueio (travamento). Quando associado à inflamação da membrana que envolve o joelho, pode haver aumento do volume do líquido sinovial ocasionando o que chamamos de derrame articular (popular água no joelho).
Em alguns raros casos, a dor melhora espontaneamente. Infelizmente, os sintomas obrigam a parar de andar de skate e limitam algumas atividades do dia a dia como agachar, dirigir e caminhar. Acredita-se, hoje, que isso se deva não só à lesão meniscal em si, mas pela sobrecarga do osso logo abaixo do menisco (osso subcondral), fenômeno denominado de edema ósseo. Até a última década, o tratamento da lesão meniscal degenerativa envolvia apenas o acompanhamento clínico e a utilização de recursos analgésicos da fisioterapia. A grande maioria dos ortopedistas orientava que o paciente abandonasse o skate e, se mesmo assim se mantivesse sintomático, era indicada a meniscectomia (retirada de parte do menisco).
Apesar de ter a indicação formal e, de trazer alívio de sintomas para uma população pouco ativa, este procedimento em skatistas com idade superior a 45 anos de idade está estatisticamente ligado ao agravo do edema ósseo, causando agravo da dor. Por isso, atualmente este procedimento é considerado por muitos ortopedistas como o último recurso.
Quando há queda do rendimento e a dor está ligada à perda de massa muscular, pode-se optar pela viscossuplementação que é um método de tratamento relativamente novo e consiste nas injeções intra-articulares de ácido hialurônico que é o mesmo componente que já existe no líquido sinovial de uma articulação saudável. Autores defendem seu uso em lesões meniscais degenerativas, já que durante o processo de envelhecimento da articulação o líquido sinovial perde sua capacidade funcional, devido à idade e ao processo de artrose. Portanto, o uso do dessas injeções de ácido hialurônico exógeno desaceleraria a degeneração. O alívio dos sintomas facilitaria no ganho de massa muscular e retorno ao skate.
O aprimoramento das técnicas de vídeo-artroscopia e o melhor conhecimento das lesões degenerativas levaram a uma técnica relativamente nova chamada reinserção meniscal. Sua criação baseia-se no princípio de que um menisco degenerado está quase sempre extruso (fora de seu local de origem). A técnica visa, portanto, fixar a raiz do menisco (região mais periférica), puxando sua raiz contra a tíbia no mesmo lugar onde estava antes de sua lesão. Agora uma nova técnica vem apresentando bons resultados, a subcondroplastia, desenvolvida visando o preenchimento da área de edema ósseo abaixo da lesão meniscal. Apesar da técnica ter sido criada para o tratamento de lesões cartilaginosas, os excelentes resultados preliminares encorajaram alguns autores a aplicar em lesões meniscais degenerativas, visando melhoria do aporte ósseo e consequente alívio de sintomas.
A medicina esportiva vem evoluindo muito nos últimos anos e se aproximando cada vez mais dos skatistas, assim como a preparação física e a reabilitação, privando os novos skatistas de antigos problemas e mantendo os skatistas “das antigas” firmes e fortes sobre o carrinho.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

A volta de Paul Rodrigues

No final do ano passado fiz algumas postagens contando sobre a lesão que o Paul Rodrigues sofreu, sua cirurgia e o inicio do trabalho de reabilitação.
Recentemente ele postou o último vídeo deste momento difícil em sua carreira, mostrando o fim do tratamento e sua volta ao skate.

E para mostrar que está cem por cento recuperado, ele já filmou um day in the life, mostrando todo o seu corre como skatista profissional e empresário a frente da Primitive.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.