quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Água no Joelho

Uma área de muitas lesões e constante preocupação para todo o skatista é o joelho. Sabemos que muitos skatistas já sofreram graves lesões nesta articulação e que a dificuldade para retomar as atividades normais no skate é grande.
Uma situação muito comum após uma lesão no joelho é o surgimento da famosa “água no joelho”. Água no joelho é o termo genérico que se refere ao inchaço do joelho, devido ao acúmulo de líquido sinovial (líquido responsável por lubrificar a articulação e nutrir a cartilagem) que devido a alguns fatores como lesões, infecções ou determinados tipos de doença passa a ser produzido em excesso levando ao acúmulo na região do joelho. Esta situação é conhecida como derrame articular.
Os principais casos de "água no joelho" aparecem após torções, pancadas e lesões de cartilagem ou no menisco. Dor, inchaço e rigidez articular são os sintomas mais comuns da água no joelho. O acúmulo de líquido no joelho pode afetar a amplitude de movimento da articulação o que leva o individuo a sentir rigidez ou grande dificuldade em flexionar ou estender a perna.
Conforme o problema é tratado incluindo muito repouso e sessões de fisioterapia, o fluido vai sendo reabsorvido pelo organismo. Entretanto, se houver uma quantidade muito grande da substância, o médico pode realizar uma punção (com uma agulha, drenar o líquido do local) e quando o acúmulo de "água no joelho" diminuir, o paciente sentira menos desconforto o que facilita o diagnóstico para tratar a lesão inicial.



Após o tratamento da lesão inicial com sessões de fisioterapia e fortalecimento muscular alem de muitos exercícios proprioceptivos o individuo é liberado para suas atividades normais e gradativamente à volta ao skate.
Sempre que ocorrer qualquer lesão durante a sessão de skate procure por atendimento médico o mais rápido possível minimizando assim o risco de agravar a situação.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vida Sobre Rodas

Na próxima sexta-feira dia 26 de novembro de 2010, será um marco para a história do skate brasileiro. Nesta data entra em cartaz nos principais cinemas de todo o Brasil, o primeiro longa metragem falando sobre o skate brasileiro. Trata-se do filme “Vida Sobre Rodas” do diretor Daniel Baccaro.
O filme conta a trajetória das últimas décadas do skate vertical no Brasil,mostrando seus altos e baixos, sendo estrelado por ninguém menos que Bob Burnquist, Cristiano Mateus, Lincoln Ueda e Sandro Dias, skatistas que mais do que mudar o jeito de se praticar o esporte no país e no mundo,junto de Digo Menezes, Mauro Mureta, Léo Kakinho, Sérgio Negão, entre muitos outros, mudaram a forma de como o skate é visto mundialmente.
Toda esta história tem início na Ultra Skatepark, a lendária pista paulistana que serviu de berço para muitos talentos e que recentemente teve suas portas fechadas novamente. Um ponto interessante de toda esta história são as participações especiais ao longo do filme, onde várias lendas do skate expressam sua opinião sobre a cena do skate brasileiro. Figuram entre elas: Fabio Bolota, Glauco Rogério Veloso, Cesinha Chaves, Thronn, Jorge Kuge, Marcio Tanabe, Alexandre Vianna, Sérgio Negão, Paulinho Rude, Christian Hosoi, Tony Hawk, Danny Way, Lance Mountain e outros.





Emocionado, o skatista Lincoln Ueda afirma que o apoio de seu pai (que tive a oportunidade de conhecer na lendária Polato aqui em Guarulhos), assíduo freqüentador das competições disputadas pelo filho, foi fundamental para seu desenvolvimento no esporte. Um depoimento pessoal, mas que retrata um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento do skate no Brasil, o fim do preconceito. Pais como o de Ueda deixaram de ver o “carrinho” como coisa de marginal ou desocupado e passaram a apoiar seus filhos encarando o skate profissionalmente.
Esta é mais uma parte da história revisitada em grande estilo e o resultado é um longa que tem sua narrativa construída em depoimentos emocionantes e imagens de arquivo de verdadeiros mitos do skate brasileiro e mundial.
Uma bela homenagem a pessoas que sempre elevaram o skate brasileiro em todos os níveis, e uma excelente oportunidade para a nova geração acompanhar e valorizar a história do skate nacional.
Uma sessão para toda a família.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fratura do Calcâneo

Nestes últimos dois meses tive a oportunidade de atender um skatistas amador aqui de SP com uma lesão (fratura) no calcâneo, após errar uma manobra na tentativa de saltar um gap.
O calcâneo é um dos ossos que compõem nosso pé, e junto com o talus formam o Retro pé, ou a parte posterior do nosso pé.

Como no caso deste skatista aqui de SP, 75% das fraturas do calcâneo ocorrem por queda de altura onde o paciente cai em pé. O calcâneo articula-se com o astrágalo por meio das facetas anterior e posterior. O osso talar se adapta em sua superfície superior como uma cunha, quando alguém sofre uma queda de pé, a força do peso do corpo é conduzida através da tíbia e o astrágalo encunha-se violentamente no calcâneo, fendendo-o e comprimindo-o às vezes esmagando a superfície articular intermediária.
Quando ocorre este tipo de fratura por queda de altura é sempre aconselhável examinar a coluna tóraco-lombar, pois é possível fraturas por acunhamento nesta região, além de poder ocorrer também fraturas de outros ossos no membro inferior.
O diagnóstico é possível por exames de imagem que devem ser feitos em três incidências (oblíqua dorso-plantar do retropé, lateral e axial do calcâneo) e por exame clínico onde os movimentos da articulação do tornozelo, podem ser indolores, mas a inversão e a eversão estarão limitadas e dolorosas.
As fraturas do calcâneo podem ser três tipos (Fratura isolada sem lesão articular, Fraturas cominutivas com lesão articular mínima e Fratura cominutiva com lesão articular grave) e podem deixar algumas seqüelas (formação de esporão, sensibilidade sob o calcanhar, deslocamento superior da tuberosidade e alongamento relativo do tendão de Aquiles, espessamento ósseo lateral e compressão do maléolo externo, artrite sub-astragalina, artrite médio-tarsiana, pé equino valgo e aderências das articulações tarsianas e do tornozelo) no skatista lesionado.


O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico dependendo do tipo de fratura e da habilidade do cirurgião traumatologista. Nas fraturas cominutivas sempre a cirurgia é feita dez dias após a fratura, pois o calcâneo é um osso muito esponjoso e fica muito complicado fixar uma placa com parafusos.
No caso em que atendi o tratamento foi conservador então após a retirada da imobilização foi iniciado o trabalho de reabilitação visando ganho de ADM, força e melhora da propriocepção no local e posterior volta ao skate de forma gradativa.
Uma boa dica para todos os skatistas é alem de realizarem atividades físicas para melhora das capacidades, utilizarem tênis com um bom sistema de amortecimento e sempre tentar superar seus limites com segurança.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mais um skatista na música

O skate tem uma cultura muito forte, que acaba influenciando seus praticantes de várias formas. As artes visuais e a moda são dois bons exemplos que valem ser citados mostrando sempre skatistas que se destacam no meio. Outra vertente que tem uma bom número de skatistas mandando muito bem é a música, e para aumentar ainda mais esta lista, o skatista do centro de SP e rapper Yannick acaba de lançar seu mais novo som o “Quem É Você, Me Responda Quem Sou Eu".


O som conta com a produção da RinneGanz Production, uma banca da Philladelphia que Yannick conheceu através de um amigo, o político-social Túlio Custódio que intermediou todo o contato nessa parceria.
A música é uma crítica a muitas atitudes vistas em seu próprio cotidiano e um renascimento pessoal para o rap. Yannick trabalha atualmente em seu EP intitulado "A Vida É Um Filme, Mas O Filme Não É A Vida, Eis A Contradição, Pt. 1" produzido, mixado e masterizado pelo seu amigo Paulo Júnior , em gravação na Sala do Rex por Jimmy Luv. O lançamento previsto para o segundo semestre de 2011, marca o primeiro trabalho do selo R.A., que também é a grife de roupas do autor. O rapper também vem trabalhando em parceria com diversos produtores não conhecidos da cena do rap underground, permitindo que haja a inserção de novos talentos, ampliando e diversificando de forma independente a cena do rap, principalmente onde ele mora, na zona central de São Paulo. No meio de todo este corre do lançamento, com o bom e velho “faça você mesmo” caracteristico dos skatistas, conseguimos trocar uma idéia com rapper que acabou se transformando nesta mini-entrevista que você confere agora.



SS- Conte para nós um pouco da sua história no skate, como e onde começou a andar e onde anda atualmente?
Primeiramente gostaria de agradecer a você Thiago “Pino”, por essa oportunidade e mando um salve a todos que acessam e acompanham o blog Skate Saúde. Bom cara comecei a andar de skate em 1998, quando eu ainda estava no ensino fundamental, exatamente na 8º série. Como eu sempre freqüentei as ruas do bairro da Bela Vista, eu conheci uns caras que andavam de skate na Praça 14 Bis, no Bixiga, eram eles André Tavares, Michel, Rafael e Valter Penego, na época formamos até uma “crew” a Fourteen Bis Team, não durou muito, mas andávamos de skate quase todos os dias após a escola ou a noite quando alguns de nós saiamos do trabalho. Nessa época eu conheci também o Wilson Duda que era amador da Child e Hideout, ele ia muito lá na praça andar conosco, nessa época conheci o Alexandre Tizil e o Rodrigo Gerdal que moravam lá na Rua Paim, eu ia muito a casa deles comprar rodinhas, shape, truck e rolamentos. Acho que foi a partir dessa época que eu entrei de corpo e alma no mundo do skate. Lembro que íamos também à Praça Roosevelt e lá conheci caras que falo até hoje como o Devão, o Leonardo “Gordinho”, Sasa, Igor Kayo logo após a sua volta do Japão, André “Heros”, Paulo “Maroca”, Álvaro, Patrese, Rodrigo TX, que na época era conhecido como “Bisnaga”, e acompanhei de perto muitos eventos que tinha na Praça Roosevelt e creio que foi lá que tudo começou para muitos atletas de hoje. Freqüentava diariamente a loja Pyro’s Skate Shop na Galeria do Rock, aonde conheci o Fabio e o Fabiano, os antigos vendedores da loja e eu ficava vendo os vídeos da 411VM, Silly Society, Chiclé VM, Mouse, Zoo York Mixtape, World Industries, Blind, És, entre outros vídeos da época, hoje clássicos do skate. Nessa época conheci o Marcus Vinicius, o Kamau e através dele tive mais contato com o pessoal do Vale do Anhangabaú, Leandro Gringo, McGregor, Charles Pereira, Marcelo Formiguinha, entre outros. Lembro de uma promo da Anhangabaú Family que eram os caras que andavam de skate direto no Vale. Logo em seguida conheci o Narina que tinha uma loja a Aspekt, lá também conheci o Léo Grau, Lucinédio e o Leonardo Mendes, Guilherme Presa, Jozzu, o irmão dele (desculpe por me esquecer do nome), entre muitos outros. Lembro-me também do Eloi, do Sorrico, do pessoal da Café, Possessed, é muita gente. Após uns quatro anos andando de skate, tive que fazer uma escolha, andar de skate, estudar e trabalhar ou estudar e trabalhar mais e parar de andar de skate, foi uma decisão muito difícil, mas como eu já trabalhava para ajudar em casa, passei aos poucos deixando o “carrinho” de lado e optando em estudar para passar no vestibular e ainda trabalhar, por isso acabei parando. Nessa época do vestibular até fiz uns roles, eu andava um dia sim e uma semana não, na época o Fernando Akira, Rafael Freitas e o Gabriel andávamos muito na Praça do Pacaembu onde conheci o Petê e uma galera que colava na direta. Logo após essa época, parei de andar, infelizmente. Hoje penso muito em comprar um skate e voltar a andar “for fun”, tive esses dias la na Praça Roosevelt para trombar um amigo meu, o Marcinho, dei umas remadas no skate de um amigo dele e até arrisquei um flip, mas vi que eu ainda estou enferrujado.

SS- Qual a sua ligação com os caras que andam no centro?
Na realidade eu não faço parte do time de skate da KDC, a minha ligação com todos ali é mais pela amizade que construímos logo que nos conhecemos, quando a Sigilo começou em 2002. Primeiro eu conheci o Fernando Java, que na época tinha uns 11 ou 12 anos, logo em seguida conheci o Rafael Two, o Samuel Salva, o Zezinho, o Chaveiro e o Bruno Aguero. Na época da Aspekt eu já tinha uma amizade com o Leonardo Mendes, pelo fato de eu andar muito com o seu irmão, o Lucinédio. Conheci também o Fernando Granja nessa época eu tive a imensa e respeitosa oportunidade de participar do bônus em seu vídeo o Duotone. Quando a KDC foi fundada, fazíamos as telas para confeccionarmos as nossas próprias camisetas e como eu havia criado a R.A. trocávamos as camisetas uns com os outros, a fim de unir as ideologias que cada um tinha a respeito de skate, música, mas tudo mesmo em nome da amizade que já perdura por muitos anos, já são 8 e creio que ficaremos assim por muitos mais.

SS- Como surgiu sua amizade com a família TX, mundialmente famosa pelos irmãos Pedrão e Rodrigo?
Na época que eu andava de skate e freqüentava a Praça Roosevelt, todos ali já conheciam o Rodrigo, eu o via sempre por lá, por que tínhamos amigos em comum, pois alguns deles estudavam no colégio público, o Caetano de Campos e logo após a aula todos iam a praça para andar. Nessa época o Rodrigo já se destaca dos outros que ali andavam, no entanto ele virou amador muito rápido e passamos a vê-lo em revistas de skate como a Tribo. Pelo fato de ele compor o time da Shinny, o proprietário dela o Ronaldo, ia à praça para vender os shapes e os acessórios da marca. Lembro quando o Rodrigo ganhou a etapa de Praga, o Pedro o irmão dele saiu pela rua muito feliz e dizendo a todos “Mano, o meu irmão ganhou o campeonato, ele ganhou, ele ganhou...” E nessa hora eu estava com o André “Heros” e o Álvaro pela rua e recebemos felizes a noticia. Em 2002 com a criação da Sigilo Skate Shop passei a conhecer melhor o Pedro e ficamos mais amigos, principalmente por causa da música, do rap. O Pedro ficava me mostrando vários sons, fazendo uns freestyles e como na época ele ainda fazia parte do Projeto Manada, íamos aos shows e as festas de rap juntos, foi nessa época que eu conheci o Bigode, o Tijolo, o Alemão e toda a Dirty Family, uma banca de amigos que sempre andavam de skate juntos e aterrorizavam as ruas de São Paulo, conforme relato de uma matéria na Folha de São Paulo, os “muleque” eram “zica” memo. Foi com o Pedro que comecei a ter uma noção melhor de como rimar, de como escrever, pois sempre mostrava as letras para ele e ele sempre me dizia: “Tem que melhorar, tem que fazer mais, ouve isso, ouve aquilo, isso ta errado, isso ta certo”, dou a ele o crédito de todos os meus sons gravados.

4- Quando você percebeu que tinha o dom para rimar?
Dom? Eu acredito que dom para rimar eu não tenho, posso ter uma certa facilidade ou habilidade (nem tanto) em escrever e expor isso em forma de rap, que é a música que eu amo. Antes do rap, ouvia muito rock por influencia do meu irmão Thiago, mas após um antigo amigo meu de escola, o Luiz Carlos me mostrar o que era o rap, pirei e passei a ter o rap como música oficial da minha vida, principalmente pela forma que o rap soava para mim, na parte instrumental, na atitude, na rima e levada dos mc’s e por viver algumas situações parecidas como preconceito e discriminação que eram descritas no rap da época, muito ao fato de ser filho de negro com japonês, algo muito incomum antigamente. Comecei a rimar mesmo na época que freqüentava uma igreja evangélica na Vila Moraes, zona sul de São Paulo e tínhamos um grupo gospel chamado “Fase Terminal” isso foi em 1999, era para eu ser o DJ do grupo. Um dia em um ensaio, um dos mc’s não consiga fazer uma rima que um dos integrantes tinha feito e após repetidas tentativas, ele se irritou e perguntou se eu conseguiria fazer essa rima, mesmo porque eu já ate tinha decorado essa parte. Fiz a rima e ele disse que a partir daquela hora eu iria rimar com eles. Houve a decisão pela substituição e assim passei a rimar ao invés de riscar nos discos como DJ, algo que eu ainda quero desenvolver no futuro. Fizemos algumas apresentações em diversas igrejas, mas o grupo acabou em 2000. Três anos depois em 2003 conheci o Scoob, um mc e skatista da zona norte que me apresentou para uma banca a 1ºC.B.G. e fiz uma participação em seu cd chamado “Pirataria Sonora” já como JPNK, Japanick numa faixa chamada “Indigente”. Em 2008 fiz uma participação com o RDO em “Membros de Gangue” pelo selo 1ºC.B.G, também em 2008 fiz o “É Pra Quem Flagra” com Doncesão e em 2010 fiz o “Chuva Lava Alma” também com Doncesão pela 360º Records. Hoje em projeto solo e de nome novo, o meu mesmo de nascença, estou lançando dois singles o “Quem É Você, Me Responda Quem Sou Eu” produção de R.A. e RinneGanz Production lançado no ultimo dia dois no blog do Coletivo MTV e “Ano de Eleição” com participação do KC da Latin Familia, com previsão de lançamento para dezembro deste ano, também pelo blog do Coletivo. A partir de janeiro de 2011 teremos mais novidades, o intuito é lançar um single e um clipe por mês de forma independente e sempre em parcerias. O EP “A Vida É Um Filme, Mas O Filme Não É A Vida, Eis a Contradição – Pt.1” se der tudo certo lanço no segundo semestre de 2011 com produção de Paulo Júnior e R.A., estou trabalhando nele, mas também firmando e realizando antigas parcerias e permitindo que o faça acontecer, aconteça.

Agradecimentos: Quero agradecer imensamente ao Thiago Pino por essa ótima oportunidade em relatar um pouco da minha história tanto no skate, como na música rap. Agradecer a minha família, a minha mulher Janaina pelo imenso e constante amor e companheirismo, aos meus reais e amigos leais (aos verdadeiros de verdade sem falsidade, quem é sabe), e a todos que me respeitam e me apóiam. Paz a todos. R.A.!!! Quem TÁ, é nois!!! Deixa no “s” maloqueiro, vulgo ganguerage.

Confira agora o clipe de “Quem é você, me responda quem sou eu”.




Yannick - Quem É Você, Me Responda Quem Sou Eu from Coletivo on Vimeo.

Para saber mais sobre o rapper acesse:
Twitter: @yannick_ra
Facebook: Yan Nick
Skype: yannick731984