sábado, 24 de junho de 2017

Overhead Squat e o skate

Como ja falamos anteriormente, o agachamento é um ótimo exercício para os skatistas, hoje falaremos sobre um outro exercício ainda mais complexo mas que trás muitos benefícios para quem anda de skate, o Overhead Squat ou agachamento com a barra acima da cabeça. Este movimento de difícil execução exige além de força e potência muscular, mobilidade e equilíbrio, valências físicas fundamentais para qualquer skatista.
A maior exigência de mobilidade vem dos ombros, enquanto que a flexibilidade vem dos músculos do Grande Dorsal. Além da mobilidade da articulação dos ombros, é necessária a mobilidade de uma articulação muitas vezes esquecida, a do tornozelo.
Tornozelos rígidos fazem com o que o posicionamento dos pés sofram rotação externa durante a descida do movimento. Esta rotação leva a uma perda de torque, acarretando em compensação da postura nas articulações do joelho e do quadril. Outro ponto importante está no encurtamento dos músculos paravertrebrais, que são responsáveis pela estabilização da coluna vertebral.
O encurtamento nesta musculatura leva a uma flexão excessiva do tronco para frente, fazendo com que o movimento seja compensando no ombro. A falta de mobilidade/flexibilidade em alguma destas articulações e músculos, levam a um padrão de movimento incorreto, o que pode gerar lesões, portando é de suma importância o acompanhamento de um profissional na sua rotina de treinos.
Este exercício desenvolve força e potência em membros inferiores, quadril e nos músculos do core, o que é muito importante para melhorar o pop das manobras e o controle do corpo sobre o skate, além de desenvolver força em membros superiores e ombro o que é muito importante para se proteger das quedas quando as manobras não dá certo.
Em um único exercício temos muitos benefícios, apesar de sua difícil execução, seguindo os passos didáticos, trabalhando mobilidade e flexibilidade em um curto espaço de tempo é possível executar o movimento com perfeição e aproveitar todos os benefícios que ele trás para quem anda de skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 17 de junho de 2017

Banho de parafina no skate

Todo skatista que anda na rua leva consigo uma parafina, popularmente conhecida como "vela". Passar a vela no skate e na borda que será manobrada é primordial para fazer o skate correr. Mas a vela é muito importante também para os skatista que estão lesionados.
A parafina é uma substância branca, sólida, em forma de cera, obtida da destilação do petróleo. Para que possa ser considerada como um recurso terapêutico, ela deverá ser aquecida até alcançar seu ponto de fusão, entre 50 e 52°C. Os aparelhos de uso profissional para o aquecimento da parafina são recipientes providos de termostato para controlar a temperatura, ajustando assim seu ponto de fusão. No interior do recipiente se coloca a parafina no estado sólido, na quantidade adequada ao tamanho e à capacidade do recipiente. Será agregada a parafina, uma parte de óleo mineral (vaselina e glicerina) para cada dez partes da parafina, com função de diminuir o ponto de fusão da parafina para 45°C, diminuindo, assim, o risco de uma queimadura no paciente. Esta união de óleo mineral permite também maior maleabilidade da parafina e acelera seu derretimento.
Essa é uma técnica fisioterapêutica usada para o aquecimento de estruturas superficiais, na qual o calor é transferido para os tecidos por condução. Como a condutividade e o calor especifico da parafina são baixos, ela pode ser aplicada diretamente sobre a pele a temperaturas que normalmente não são toleráveis com a água.
A parafina pode ser usada para reduzir a dor, relaxamento muscular e melhorar a circulação local. Suas contraindicações são circulação agudas, infecções, insuficiência vascular, áreas com alterações de sensibilidade e áreas potencialmente hemorrágicas.
Com certeza este tipo de parafina é muito útil, mas com certeza usar a vela somente para fazer as manobras correrem é muito mais prazeroso e divertido.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 10 de junho de 2017

Encurtamento no quadril do skatista

O quadril é uma região do corpo de suma importância para todos os skatistas. Mas é muito comum encontrarmos skatistas com problemas nesta região, a grande maioria deles causados por encurtamento. Dificuldades para agachar na hora de dar manobras ou para voltar elas pode ser sintoma de que você tem o flexor de quadril encurtado.
Essa condição física é muito comum e pode não só te limitar funcionalmente no dia a dia, reduzindo sua mobilidade para atividades cotidianas, como também é capaz de estragar suas sessões de skate e causar lesões sérias. O flexor de quadril encurtado é mais comum nos homens e reduz a mobilidade do quadril, fazendo com que fique travado.
A flexão do quadril é realizada por um grupo de músculos, o primeiro deles é o Iliopsoas (que é o conjunto de 3 músculos) que se subdivide em,Psoas maior, um dos músculos primários do movimento de flexão do quadril sua origem na coluna vertebral (entre L5 e T12) e inserção no femur. O Psoas menor é um músculo pouco menor que tem sua origem na coluna vertebral e inserção na pelve. Já o Ílio junto ao psoas maior é extremamente importante na flexão do quadril, sua origem está no ílio e sua inserção exatamente ao lado do psoas maior no femur. Completam este grupo o Sartório, com origem na pelve e inserção na tíbia, portanto passa a ser um músculo que move duas articulações a do quadril e do joelho. E o Reto Femoral que origina-se na pelve e se insere na patela, cruzando também a articulação do joelho. O sartório e o reto femoral auxiliam a flexão do quadril, mas são coadjuvantes nesse papel. Ao mesmo tempo, seu encurtamento pode limitar o movimento e ajudar a retrair a lombar também. O encurtamento dos flexores de quadril podem ocasionar uma série de problemas, o primeiro e mais importante é o aumento da lordose lombar, gerando dores na coluna lombar ou torácica. Isso acontece porque o iliopsoas se insere na coluna e, quando está encurtado, acaba tracionando a coluna e aumentando a lordose.
 Quem trabalha muito tempo sentado ou dorme de lado com os quadris flexionados (com os joelhos perto do peito) aumentam ainda mais esse encurtamento, pois o músculo nunca é submetido a um alongamento. Se você tem um quadril muito rígido, deve já começar a mobilizá-lo para evitar essas implicações mais sérias. Outro problema convencional dos flexores do quadril encurtados é limitar sua sessão de skate. No caso do agachamento, movimento necessário para a execução do ollie e para a volta de algumas manobras, o tronco fica mais inclinado para a frente ao realizar o movimento. Isso modifica a mecânica do movimento, solicitando menos das pernas e mais da coluna lombar, o que acaba agravando ainda mais a situação.
Se você não sabe, ou se tem dúvidas sobre a mobilidade do seu quadril, existe um teste extremamente simples que pode indicar se você tem flexores de quadril encurtados. O Teste de Thomas, que avalia o encurtamento dos flexores do quadril com precisão, deve ser acompanhado por um fisioterapeuta. No entanto, é possível desconfiar sobre a existência ou não do problema sozinho. O teste consiste em deitar-se numa cama e flexionar uma das pernas, mantendo a outra estendida (de preferência apoiada apenas até o joelho na cama e sem tocar o chão). É a perna estendida que será avaliada. Se, durante da flexão de uma das pernas, o joelho da outra ou o quadril no lado da perna estendida se flexionarem, possivelmente você tem o encurtamento e, então, você deverá conversar com um fisioterapeuta ou ortopedista para buscar a solução do seu problema.
 Fiquem ligados que em breve vamos mostrar alguns movimentos simples para alongar o quadril e evitar que este problema surja para atrapalhar suas sessões de skate.
 Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 3 de junho de 2017

Benefícios da meditação no skate

O skate é uma atividade tida por muitas pessoas como radical, a adrenalina que o skate trás na realização de manobras e a sensação de liberdade sobre o skate são algo que faz quem experimenta não largar nunca mais. E para controlar toda esta adrenalina uma prática vem sendo aderida por muitos skatistas, a meditação.
A meditação pode ser descrita como uma série de práticas que visam gerar um estado de consciência alterado, criando relaxamento e concentração através da exploração da respiração, concentração e repetição de padrões.
Quando se pensa em mente logo se pensa no cérebro, uma esfera localizada no topo do corpo que envia comandos para todas as outras regiões, porém o sistema nervoso se distribui por todo o corpo em uma complexa rede de neurônios que recebe e envia sinais para todos os órgãos. Melhorar o sistema nervoso não impacta apenas no “chefe” do corpo, mas nele como um todo, por isso o interesse dos skatistas nesse tipo de prática.
Artigos mostram que a meditação melhora a resiliência física e mental, além de melhorar a capacidade de foco e promover uma melhora no funcionamento do sistema imunológico.
Hoje é muito fácil aprender a meditar com apps que além de ajudarem as pessoas a treinar sem um mentor, também servem para tornar a prática acessível em qualquer lugar do mundo.
 Como já dizia nosso amigo Kamau, "concentração (foco), mente, corpo são (foco) mais convicção e menos hesitação".
 Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.