quinta-feira, 31 de maio de 2012

Entrevista - Everton Tutu

“A vida é um filme” esse ditado popular resume bem a vida do nosso entrevistado. Passar duas décadas em cima do skate se mantendo atual e evoluindo sempre é tarefa para poucos, e o melhor documentando tudo isso. Dono de várias partes de vídeo cabreiras que fazem o ditado valer, nosso entrevistado é um dos principais nomes do street skate da década de noventa e que continua puxando o nível nos dias de hoje, fez parte de uma das principais marcas do skate brasileiro e com seu estilo técnico segue seu destino em busca de novos objetivos. Humilde e carismático este é Everton Tutu, entrevistado do mês no Skate Saúde.

Nome: Everton Pedro Magalhães
Idade: ?
Tempo de skate: 20 anos
Local: São Paulo
Patrocínio: Cisco Skate


SS- Fale para nós como foi sua infância em Pirituba, bairro da zona oeste paulistana e como aconteceu seu primeiro contato com o skate?
Foi uma infância normal, como qualquer outro moleque de periferia, jogava bola com os camaradas, empinava pipa, jogava bolinha de gude, soltava pião, essas coisas. Até soltar balão eu já soltei, quer dizer ajudei os caras (risos).
Meu primeiro contato foi pelos programas de televisão da época, tipo Grito de Rua e Realce, ali eu já curtia muito o skate, mas meu pai e minha mãe não queriam que eu andasse, mas eu tive a sorte de um primo meu me presentear com um skate. Foi o melhor presente que poderia ter ganhado!

SS- Você faz parte de uma safra de streeteiros nervosos de grande destaque no final da década de 90 que assim como você se mantém em destaque até hoje, qual o segredo desta geração para continuar evoluindo por tantos anos?
Se você gosta da parada, e se identifica, as coisas acontecem, mas vou te falar que não é fácil. O skate está bem evoluído, os caras das novas gerações tem as informações mais acessíveis, e as marcas estão dando muito mais suporte que antigamente, ai os caras vem daquele jeito, com sede de skate.

SS- Muitos skatistas saíram do país em busca de novas experiências e também de uma carreira internacional, você foi um dos poucos nomes que se manteve aqui no Brasil, nunca teve vontade ou faltaram oportunidades para tentar fazer este corre lá fora?
Tive oportunidade sim, mas na época eu achava que não iria me adaptar morando em outro país. Mas hoje eu tenho mais vontade, quero filmar, fazer umas fotos em vários países. Não vejo a hora de ter essa experiência na minha vida.


SS- O skate evolui a cada dia e consequentemente as competições tiveram que acompanhar este mesmo ritmo, você teve oportunidade de participar de dois eventos fora dos formatos tradicionais que foi o “The Best Team” e o “Na Vivência”, qual a sua opinião sobre estes novos formatos?
Eu acho que o skate tem que dar essa evoluída, é natural, porque se as competições forem sempre as mesmas, acabaria meio que enjoando. Então para mim foi muito importante ter participado desses eventos, pois tinham vários atletas de peso do skate brasileiro.

SS- Você fez parte do time da Latex, uma das marcas mais importantes da história do skate brasileiro, quais as principais lembranças desta época?
Realmente, uma das melhores marcas mesmo, foi uma honra ter feito parte deste time, na verdade a marca era de um grupo de amigos que tinham boas idéias para o skate, se eu pudesse voltar no tempo iria curtir muito mais com os caras, talvez, se fosse hoje curtiria mais como pessoa e como skatista.

SS- Por falar em marca você esta há muito tempo na Cisco, situação pouco comum no mercado de skate brasileiro, como é o seu relacionamento com a marca e o que a construção da Cisco Skate Plaza vai trazer de benefícios para o time de skatistas?
Sim é um pouco incomum mesmo o cara ficar tanto tempo na mesma marca no Brasil, para mim é da hora fazer parte da Cisco, o relacionamento, a cada dia que passa eu aprendo muito mais coisas da vida. A construção do Plaza foi ótima para realização dos vídeos e eventos, com certeza foi muito bom porque lá, os atletas podem mostrar mais o seu skate e tem muitas novidades por vir ainda,aguardem.


SS- Sua carreira é moldada por partes de vídeos memoráveis como o Chiclé VM, Underground Style, Foco, Made in Brasil e vários vídeos da Cisco, atualmente você esta trabalhando em algum projeto de vídeo?
Minha correria é totalmente essa, filmar e filmar. Fiz umas filmagens recentemente em um projeto que não deu certo, agora pretendo usar essas imagens em um novo projeto.
Atualmente estou filmando direto com o Manjo na Plaza da Cisco, focado em um plano com o pessoal da Cisco Skate.

SS- Gostaria que você citasse alguns skatistas que te inspiraram e te inspiram a continuar andando de skate?
Tem vários skatistas atuais cabreiros, mas eu curto uns caras tipo mais veteranos da cena como Marc Johnson , Erick Koston, Mike Carrol, Daeon Song, Ronie Creager, Gino Ianucci, Dany Garcia e Jb Gillet, esses cara tem muito estilo!

SS- Você tem model de shape e agora de boné pela Cisco, como é o processo de desenvolvimento destes produtos e qual a sensação de ver eles prontos nas ruas?
Sempre procuro ajudar no desenvolvimento dos meus pro models, com o designer da Cisco e meu amigo Maiko Portes, vou dando um auxílio para ele e a gente vai criando junto. Sim é muito gratificante ver a galera usando seus produtos na rua.

SS- Atualmente muitas marcas, lojas e até mídias do skate são feitas por skatistas que se tornam empresários, dando uma cara nova para o mercado brasileiro, quando parar de andar de skate profissionalmente pretende continuar no meio ou tem outros planos?
Sim, quando parar de andar quero fazer algo no meio do skate sim. Porque é um lance que sempre gostei de estar envolvido.
SS- Com toda a sua experiência no skate, quem são os novos nomes do cenário nacional que você acredita que vão dar muito que falar ainda?
Como eu já disse, a nova geração ta pesada. Muitos skatistas cabreiros, tem vários caras é difícil citar todos. Mas por exemplo o Luan de Oliveira é um que ta dando o que falar, e acredito que tem muito ainda para brilhar.
Outro que posso falar, porque a gente é da mesma equipe, é o Pedro Biagio, o Pedrinho. Esse ainda vai dar muito o que falar.

SS- Muitos nomes importantes que fizeram a história do skate brasileiro hoje são completamente desconhecidos da nova geração, você acha que falta um pouco de respeito com a história do skate no Brasil e de que forma isso é prejudicial para nós?
Sim é prejudicial. Afinal de contas, temos sempre que lembrar dos primeiros que fizeram para que as coisas acontecessem.Até por parte dos skatistas da atualidade, donos de marcas, todos temos que respeitar as gerações antigas sempre
.

SS- Você participou de um projeto totalmente diferente que foi o Cisco Skate House, fale um pouco sobre o projeto e sobre esta experiência inovadora?
Eu to sempre envolvido nesses projetos novo (risos). A princípio a galera não sabia como seria a equipe Cisco inteira, dormindo em uma casa alugada durantes umas semanas, com o objetivo de filmar uma mini-parte de cada um.
Foi da hora, mas posso dizer que para mim foi um pouco complicado, tinham muitos caras para andar, e só um vídeo maker pra filmar e aquela pressão de ter que render manobras, mas no final deu tudo certo.

SS- O skate acaba sendo uma grande escola para a vida, o que de mais importante o skate te ensinou até hoje?
Várias coisas, no skate como na vida acontecem decepções, mas também muitas coisas boas. Você conhece pessoas diferentes, lugares diferentes e evolui com tudo isso. O skate me ensinou a ser uma pessoa digna e sincera.

SS- Para fecharmos, como você acha que seria sua vida se não andasse de skate?
Talvez uma vida normal, não que a vida de skatista não seja normal, mas talvez tivesse uma vida igual as pessoas que não andam de skate que eu conhece desde os tempos da minha infância.

Agradecimentos: Agradeço a Deus, minha família, a Cisco, e todo mundo que faz parte da marca, ao Charles Chaves, ao Pi e a Adio, também os camaradas da minha área e os caras que anda de skate direto junto comigo. Paz a todos!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A morte do osso e o skate

Um grande número de skatistas não procura tratamento médico quando se lesionam por diversos fatores, e isso pode trazer grandes complicações na maioria dos casos, mas uma em especial me chamou a atenção. Após uma tentativa de manobra incompleta o skatista caiu batendo o joelho no chão e ficou sentindo muitas dores por um período aproximado de três meses. Quando percebeu que ao invés de melhorar seu quadro só piorava, resolveu buscar ajuda médica e após a realização de exames foi descoberto que ele estava com osteonecrose.
A osteonecrose ocorre quando o osso perde a sua vascularização devido a uma obstrução das artérias por um trombo de sangue goagulado ou gordura, o osso é uma estrutura viva e quando perde a vascularização o osso “morre”, as células ósseas morrem, e com a morte dos osteócitos o osso fica mais fraco. Para a sorte do skatista a área afetada do osso foi pequena, eliminando assim o tratamento cirúrgico e sendo adotado somente o tratamento conservador. O objetivo principal do nosso tratamento é manter a função do membro acometido, diminuir a crepitação e os estalidos através da mobilização articular, promover a conscientização corporal evitando as compensações posturais e a partir do momento em que receber alta médica, iniciar trabalho de fortalecimento muscular no membro acometido e posteriormente a volta ao skate. Um grande problema que poderia trazer consequências muito piores e que facilmente poderia ter sido evitado com uma consulta médica após a primeira lesão. Seu corpo é o principal instrumento para andar de skate, mais importante que qualquer peça ou tênis, portanto cuide bem dele. Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O manguito rotador e o skate

As lesões em membros superiores a cada dia que passa vem ganhando mais espaço na carreira dos skatistas. Fortes traumas diretos e seguidas quedas de própria altura acabam gerando diferentes tipos de lesões que acabam trazendo grande preocupação.
Uma das mais comuns e que trás sérios problemas é a lesão do manguito rotador. O manguito rotador é um grupo de músculos formado pelos músculos Supraespinhoso, Infraespinhoso, Redondo menor e Subescapular. Esses músculos cobrem a parte anterior, a superior e a posterior da cabeça do osso do braço (Úmero). A função deles é fazer a rotação do braço e manter o osso do braço bem conectado à escápula. A lesão é uma distensão ou ruptura dos tendões desses músculos. No caso do skate a lesão ocorre por algum trauma, como amparar uma queda com o braço ou cair sobre o braço, mas em casos gerais geralmente ela está associada a degeneração ligada à idade ou a falta de irrigação sanguínea nesses músculos.
Os sintomas mais comuns são dores na região do ombro que as vezes pode irradiar para o braço, fraqueza e perda do movimento do braço, especialmente em movimentos acima da linha da cabeça. O diagnóstico médico é baseado no exame clínico e confirmado através de exames de imagem como a ressonância magnética. O tratamento depende da gravidade da ruptura e da extensão da lesão, e vai desde repouso e imobilização, passando por medicação e fisioterapia até o procedimento cirúrgico. A recuperação total depende da gravidade da lesão e do tipo de tratamento.
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao skate aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e por isso, para retornar ao skate não existe um tempo exato, mas quanto mais rápido se iniciar o tratamento mais favoráveis são as chances de recuperação.
O ideal é voltar a andar com o ombro estável e fortalecido, com sua amplitude de movimento em graus elevados, diminuindo assim o risco de novas lesões. A melhor maneira de prevenir uma lesão é manter os músculos e tendões bem fortalecidos e alongados, portanto um trabalho de condicionamento físico é vital para qualquer skatista que quer reduzir seu número de lesões.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Meu Primeiro Skate

Os vídeos de skate são um dos principais responsáveis por mostrar a evolução do skate durante os anos e principalmente por eternizar bons momentos na mente de todos nós, e nada como ter aquele bom vídeo guardado para sempre estar relembrando estes momentos. Se você sempre teve vontade de ter uma parte de vídeo ou uma manobra filmada e exibida na tela e nunca teve a oportunidade, agora chegou a sua vez.
O Estúdio Rasputines esta produzindo o documentário “Meu primeiro Skate” que é uma experiência diferenciada em criar o primeiro curta-metragem colaborativo gerado por skatistas, é um vídeo filmado por profissionais, amadores e simpatizantes do skate, que visa relatar o primeiro contato de cada um deles com o esporte.
O projeto é filmado por pessoas de diversas partes do mundo e editado pelo grupo de artistas do Estúdio Rasputines que desenvolve arte em vídeo relacionada à música, moda, publicidade e tecnologia, visando somar experiências diferentes de cada um dos colaboradores, propondo à convergência de diversas técnicas pautadas na multidisciplinaridade em ações ligadas a arte urbana em sua totalidade.
A primeira vez sempre é inesquecível, faça como Bob Burniquist, Rune Glifberg, Rodrigo Petersen, Danilo Cerezini entre outros skatistas que já deram sua contribuição, e conte para nós como foi seu primeiro contato com o skate.

Para participar é fácil basta gravar seu depoimento falando sobre como conseguiu seu primeiro skate, usando qualquer filmadora, até celular vale, envie para meuprimeiroskate@rasputines.com  sem fazer nenhum tipo de edição nas imagens e você já estará participando do projeto.
Não perca mais tempo e envie agora mesmo suas imagens, para maiores informações acesse www.facebook.com/meuprimeiroskate  e tire todas as suas duvidas.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Entrevista - Gabriel Fortunato

Quando criança temos muitos sonhos daquilo que vamos fazer ou ser quando crescer, mas e quando estes sonhos começam a se tornar realidade ainda na infância? Cada vez mais jovens ganham destaque no mundo todo e são considerados garotos prodígios, garotos com talento extraordinário ou com feitos relevantes. No futebol temos um grande exemplo, o jovem Neymar que alegra multidões com seu jeito de jogar futebol e desperta a cobiça dos principais clubes do planeta, no mundo corporativo temos o jovem Marck Zuckerberg que criou o Facebook uma das empresas mais valiosas da atualidade. Nosso entrevistado do mês tem o mesmo potencial que os dois exemplos citados acima, e já começa a colher os frutos de seu grande talento, e o melhor de tudo, sem perder a humildade e o carisma suas principais características. Confira como foi nossa conversa com Gabriel Fortunato um dos garotos prodígios do skate brasileiro.

Nome: Gabriel Fortunato
Idade: 14 anos
Tempo de skate: 4 anos
Local: Suzano - SP
Patrocínio: Element Skateboards e Space Skate Shop

Hard Flip  Foto- Atila Chopa

SS- Você é um skatista jovem e de muito talento, com quantos anos você começou a andar e como foi esse seu início no skate?
Comecei a andar de skate aos 10 anos, no começo achava meio difícil, mas depois que mandei meu primeiro flip, me empolguei e não parei mais.

SS- Seu irmão também é skatistas, como é seu relacionamento com ele e de que forma ele contribui para sua evolução no skate?
Meu irmão me da um suporte legal, sempre andamos juntos, vários roles com os camaradas da pista de Suzano também, desde os primeiros eventos que eu fui ele sempre esta lá dando uma força, trocando uma idéia sobre tudo, desde as notas da escola até a minha evolução no skate que ele sempre “pega no meu pé” para estar sempre na pegada.

SS- Quem são suas maiores influencias no skate?
Admiro muito o TX, o Luan, Felipe Gustavo, gosto também do role do P-Rod., Roger Mancha, e uns dos caras que andam muito aqui onde eu moro que é o Marcelo “Shibaba” da Space sempre me ensinando algo novo.

SS- Como foi sua entrada para a Element e o que isso mudou na sua carreira?
Foi style, um dia meu irmão foi ver o e-mail dele, e lá estava um e-mail do “Mancha”, falando que queria que eu entrasse para o time, meu irmão conversou com ele, e deu tudo certo. Mas quem sabia que eu ia entrar para Element era meu irmão, minha mãe e até minha irmã menos eu (risos).
Em uma certa noite quando cheguei da escola por volta das 19:00 horas, o "Mancha" ligou em casa e perguntou: “ E ae irmão ta gostando de estar no time?”
Depois disso fiquei felizão pulei no sofá dei cambalhota (risos). Meu irmão queria esperar ter 100% de certeza que eu entraria no time para depois me falar, porque vai que ele me fala antes de estar tudo certo e eu fico empolgadão, e depois por algum motivo não acontecesse, iria ser ruim né. Mas gosto muito de fazer parte do time.
O que mudou na minha carreira foi que eu me liguei “ Agora vou andar de skate mesmo ai comecei a puxar mais o nível”.


SS- Você costuma assistir vídeos de skate? Quais são os seus favoritos?
Assisto a maioria das vezes antes de ir pra sessão, mas por enquanto não estou com uns vídeos recentes (risos). Mas gosto de assistir: Estilo Brasileiro, Duotone, Emerica Stay Gold, Desafio de Rua, e uns Bang´s.

SS- Como você acha que vai ser o futuro do skate, as manobras, os campeonatos e o mercado?
O futuro do skate eu não sei, mas as manobras vão ser bem inovadoras, só as “pesos”. Os campeonatos e eventos espero que sejam de qualidade como o DC King of SP, o Element Challenge e os eventos da Matriz, bem rua mesmo (risos). E o mercado do skate, que eles invistam cada vez mais né.

SS- A Element é uma das marcas mais tradicionais do skate mundial, e tem toda uma ideologia por trás da marca, principalmente voltada para o lado da natureza, você também tem esta preocupação com o futuro do planeta?
Tenho sim toda vez que compro um doce, nunca jogo a embalagem no chão. Sempre nas reportagens da televisão eu vejo os alagamentos causados por bueiros entupidos por causa de um simples papel de doce que alguém joga no chão. Se todo mundo fizer sua parte, cuidar e separar seu próprio lixo, acho que diminuiria muito a poluição e o lixo nas ruas parques e rios, e a natureza agradeceria. Se cada um fizer sua parte já ajuda bastante.

SS- Como você faz para conciliar seus compromissos com o skate com suas atividades escolares?
Então, toda semana ando de skate de manhã, volto pra casa, tomo banho almoço, e vou para escola de travel weel (chego rapidinho). Minha mãe e meu irmão sempre estão no meu pé para eu tirar notas boas e andar bem de skate, então tento fazer bem as duas coisas.

SS- Apesar de ser um garoto prodígio no skate, você é uma criança como qualquer outra, o que costuma fazer quando não esta andando e quais são suas brincadeiras favoritas?
Gosto de jogar bola com meus amigos da escola, jogar videogame em casa, assisto muito desenho também, jogo can-can com meus irmãos, ah várias coisas (risos).

SS- Fora o skate você pratica algum outro esporte?
Jogo bola, já participei de campeonatos da escola com meus amigos. “É nóis” 8°A !!!
Grind   Foto- Leandro Almeida

SS- Como foi participar do King Of SP ao lado dos principais skatistas amadores da América do Sul?
Foi bem louco. Tive muita inspiração com os caras mais velhos que sempre estão representando nas mídias do skate, muita manobra boa de nível para todo lado. O “Rei’ Nery então representou muito, ganhou 2 vezes consecutivas, o mais legal é que tinha gente de todo lugar do Brasil, na mesma vibe, muita gente assistindo, foi uma experiência ótima, espero participar de mais eventos como este.

SS- Tem vontade de conhecer outros países?
Claro, como EUA, Barcelona, Israel, China, e aonde mais der para andar de skate (risos). Acho esses países bem legais e vou conhecer novas culturas, novas pessoas e novos lugares.

SS- Quem são os skatistas desta novíssima geração que assim como você também vão dar trabalho? Quem eu acho style andando é o Wacson Mass, o moleque anda em tudo, tudo mesmo (risos) e ainda vai dar muito o que falar. “É nóis” Wacson.

SS- Toda criança sonha quando crescer em ter uma profissão, desde o início você quis ser skatista ou já pensou em trabalhar com outras atividades?
Então quando comecei a andar de skate , não foi uma coisa assim “ Nossa quero ser profissional e tal” muito pelo contrario, eu ia para a pista com meu irmão, ele andava e eu empinava pipa, andava de bike, queria só brincar (risos), e um dia ele montou um skate para mim, e comecei a me divertir muito com o skate, meu irmão começou a me levar nos lugares com ele, cidades novas, viagens para eventos e eu fui fazendo amigos e me divertindo cada vez mais, e aprendendo coisas através do skate, tipo respeitar as pessoas, ter humildade.
Aprendi que se você quer conquistar alguma coisa tem que se esforçar, porque skate é esforço (risos). Mas se eu fosse trabalhar com algo fora do skate, acho que tentaria ser Designer, acho legal, meu irmão é designer e sempre esta me mostrando as coisas que ele faz, da hora!

SS- Apesar de novo, qual a principal lição que o skate já te ensinou?
Humildade e respeito com os amigos, mas acho que ainda vou aprender muitas coisas através do skate.

SS- Quais são seus planos para o futuro?
Primeiramente estou deixado o “skate no pé”, no final do ano pretendo viajar com meu irmão, quero filmar, fazer boas fotos, produzir algumas entrevistas, participar de alguns eventos e campeonatos um aqui outro ali, sempre focado para no futuro me manter com o skate e ter uma casa com minha família.

Bs Flip  Foto- Cristiano dos Santos

Agradecimentos: Agradeço a minha família, mãe, irmão, irmã, madrinha, padrinho, os camaradas da pista de Suzano, Amaral, Cagão, Carlão, Alan, Cinho, Shibaba, Erick, Joyce, Kalunguinha, Rato, Bili, Feh, Henrrique, os amigos da escola, Rubens, Vitor, Nathan, Vanessa, Nolasco, Gabriela Ferreira, Leeh Calmona, Granja, Rochelle, e todo mundo que tem uma considerção. Desculpa se eu esqueci de alguém, mas esses que estavam na mente. Obrigado Skate Saúde, Mancha, Spike, Klaus, Xapa, Murilo, Glauber, Dhiego, Rene, e o time da Element Brasil, Abraço...

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