sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Fraturas por estresse no skate

Com o aumento absurdo do número de praticantes de skate, as fraturas de estresse, têm se tornado uma lesão cada vez mais comuns entre skatistas. Quando andamos de skate, existe sempre um certo grau de destruição tecidual que, logo em seguida, durante o período de repouso (ou regenerativo) é compensado por produção de matriz extra celular.
Em outras palavras, durante o repouso, o organismo refaz os tecidos, tendões, músculos e ossos, de maneira que se tornem mais fortes, preparando-os cada vez mais para as exigências do skate.
Quando andamos de skate, existe sempre um certo grau de destruição tecidual que, logo em seguida, durante o período de repouso (ou regenerativo) é compensado por produção de matriz extra celular. Em suma, durante o repouso, o organismo refaz os tecidos, tendões, músculos e ossos, de maneira que se tornem mais fortes, preparando-os cada vez mais para as exigências do skate.
Para que este ciclo de destruição/reconstrução seja convertido em ganho de performance, deve haver equilíbrio, que é chamado em medicina esportiva de super-compensação. Porém, quando existe desequilíbrio e a destruição é maior, pode-se desenvolver lesões. As fraturas de estresse podem se originar de um aumento muito rápido da intensidade, volume ou mesmo de uma mudança de local onde ocorrem as sessões de skate.
Os ossos não são feitos para absorver muita energia e os músculos agem como absorventes de choque adicionais. Mas, quando os músculos se tornam cansados e param de absorver a maioria da energia, as quantidades mais altas de choque vão para os ossos. O osso envolvido é submetido a uma carga excessiva sem o devido respeito aos princípios de progressão e repouso, e inicia-se uma fratura da parte mais interna do osso (trabéculas ósseas), que, se não tratado, pode progredir para uma fratura completa.
A fratura por estresse, na verdade, faz parte de uma síndrome maior provocada pelo overtrainning (treino acima dos limites fisicos). Fatores como a densidade mineral óssea, níveis hormonais que ligados ao overtraining como o indice testosterone/cortisol, carências vitamínicas, má alimentação, uso de determinadas medicações, estão por trás de uma baixa regeneração tecidual, levando a repetição dessas lesões.
Em outras palavras: muitas vezes, as sessões de skate não são os “vilões” das história, mas sim o metabolismo do skatista. Sanadas as possíveis alterações metabólicas e funcionais (força e equilíbrio musculares, tipo de pisada), o retorno ao skate deve ser gradual e multidisciplinar.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Lesões muscular no skate

Durante a sessão de skate você já sentiu a sensação de uma pedrada na panturrilha? Ou então, sentiu como se a musculatura posterior de coxa estivesse sendo rasgado? Essas sensações são muito comuns em quem anda de skate e são características de lesão no músculo, quando suas fibras sofrem ruptura. Apesar da dor, não se desespere. É possível reverter esse quadro de uma maneira simples.
O primeiro “impulso” ao sentir uma dor é de querer alongar a musculatura. Porém, o alongamento nem sempre é inofensivo, e esse é um dos momentos em que ele vai piorar o quadro ao invés de ajudar. Imagine uma corda sendo cortada ao meio. É mais ou menos isso que acontece com o músculo em um momento de lesão. Por isso, ao sentir uma dor muscular não alongue antes de ter um diagnóstico médico sobre o que realmente está acontecendo. Outro ponto importante está no repouso, o músculo precisa de tempo para cicatrizar. Após esse período de descanso será o momento ideal para fortalecer e melhorar a mecânica das manobras.
Em alguns casos, após o diagnóstico médico, o tratamento para a lesão muscular é através da fisioterapia. Ela ajudará a recuperação ser mais rápida através de técnicas de eletroterapia e a dar uma boa qualidade de cicatrização ao músculo machucado. Isso acelera seu retorno ao skate e minimiza o risco de novas lesões musculares no mesmo local, o que acaba acontecendo quando o tratamento não é eficaz agravando ainda mais a situação.
A prevenção é sempre o melhor remédio por isso a preparação física é muito importante para todos os skatistas, indiferente do nível técnico ou do tempo de skate. Em caso de lesão sempre procure um médico.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

DOMS no Skate

Se você anda de skate a muito ou pouco tempo, indiferente do nível técnico, provavelmente você já sentiu a DOMS. Depois de andar de skate é muito comum os skatistas sentirem dores ou rigidez musculares , e isso é uma consequência normal do skate. Na maioria dos casos, é leve, iniciando no fim ou logo após o término da sessão e com duração de 24 a 48h. Mas, às vezes, a dor pode ser intensa e prolongada começando na manhã seguinte e durando até três ou quatro dias,essa dor muscular de início tardio é a DOMS.
A DOMS é um tipo mais raro de dor e ocorre após sessões que são longos ou intensas e isso difere entre os skatistas, mas para iniciantes e para aqueles que estão retornando ao skate após algum tempo parado, praticamente qualquer sessão é intensa, e é por isso que a DOMS ocorre com mais frequência e é mais grave no início, quando começamos a andar.
Uma certa quantidade de DOMS é inevitável em skatistas iniciantes e pode estar associada ao processo inflamatório decorrente da ação proteolítica de degradação e reparo da fibra muscular, além de fazer parte de processo adaptativo fisiológico da fibra muscular.
Medicamentos para a dor, proporcionam alívio temporário da dor muscular; no entanto, você nunca deve recorrer a eles sem orientação médica. Além disso, o exercício em si é analgésico, portanto você provavelmente obterá algum alívio em uma sessão leve de recuperação, só remando por exemplo.
Se a dor persistir (ou piorar) por mais de sete dias, consulte um médico do esporte. Você pode ter uma lesão que requer alguma fisioterapia ou outro tratamento.
Em breve postaremos algumas dicas de como aliviar as DOMS, fiquem ligados.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 8 de setembro de 2018

Ciatalgia em skatistas

Dando continuidade às postagens sobre dores na região lombar que afetam muitos skatistas, vamos abordar hoje a ciatalgia que é a dor causada pela compressão do nervo cíatico. A ciatalgia (dor ciática) acontece quando há uma compressão do nervo ciático, causando uma dor em formigamento que começa na coluna e pode se estender pela parte posterior da perna, chegando até o pé.
Dois exemplos de situações de compressão do nervo são a hérnia de disco lombar e a síndrome do piriforme. No caso da hérnia, um ou mais discos que ficam entre as vértebras lombares comprimem a região do nervo próxima à coluna. Neste caso é importante manter o fortalecimento da musculatura do tronco, o que não deve ser realizado com exercícios pesados. O ideal para essa musculatura são exercícios com carga leve, sustentados por mais tempo e com maior número de repetições.
A síndrome do piriforme é um problema no qual o nervo ciático é comprimido pelo músculo piriforme, que fica na região glútea. Medidas para relaxar o músculo piriforme são benéficas nesse caso, e manter estabilidade da pelve e do quadril, através de fortalecimento, é essencial. O agachamento e o afundo, com foco em glúteos, são exemplos de bons exercícios.
Manter a musculatura do tronco e do quadril fortes não deveria ser uma preocupação somente em casos de ciatalgia, mas sim uma regra para todos os skatistas. Esses grupos musculares são fundamentais para a boa postura e a movimentação do corpo na hora de andar de skate e seu fortalecimento previne lesões até em articulações mais distantes, como joelho e tornozelo.
E você o que tem feito para prolongar sua vida útil sobre o skate ?
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

sábado, 1 de setembro de 2018

Quadril de skatista

Todos nós já sabemos que a articulação do quadril é importantíssima para quem anda de skate, ela gera potência para o pop das manobras e também junto do core é responsável pela estabilização do skatista. O skate é uma atividade de auto impacto, com muitos saltos e também com manobras de giro que quando não acertadas com perfeição acabam trazendo consequências desagradáveis para o corpo.
Inicio de dor no quadril, perto da virilha, que piora ao elevar a perna (na flexão de quadril) são sintomas da chamada Síndrome do Impacto Fêmoro-Acetabular. Nessa patologia, um impacto inadequado entre as partes que compõe a articulação gera dor e lesão no local. Pode acontecer desde um pequeno processo inflamatório simples até o rompimento de estruturas importantes, como o labrum do acetábulo, cartilagem que recobre o quadril.
Algumas variações anatômicas da articulação podem predispor a essa síndrome, como o osso da coxa mais rotacionado para frente ou um menor teto na arte superior à cabeça do fêmur.
O quadril é a articulação que mais apresenta variação entre as pessoas e muitas vezes uma característica peculiar acaba levando à dor. Além da anatomia, a falta de força de alguns músculos também está relacionada ao aparecimento da lesão femoro-acetabular. Glúteo máximo e um grupo de músculos pequenos abaixo dele, conhecidos como pelve-trocanterianos, tem influência importante na patologia.
O tratamento depende da causa e da gravidade da lesão. Processos inflamatórios e lesões pequenas têm tratamento com fisioterapia. Lesões grandes, principalmente do labrum do acetábulo, precisam de cirurgia, normalmente através de artroscopia, técnica cirúrgica que não abre totalmente a articulação, fazendo apenas pequenos furos.
Há casos de skatistas submetidos à essa cirurgia que voltaram a andar de skate normalmente após alguns meses de recuperação com fisioterapia. Como em toda lesão, o cuidado é importante. Sendo assim, fique alerta com dores no quadril que pioram na flexão e procure orientação de um médico para o tratamento.
Cuidar do seu corpo é cuidar de você e prolongar sua vida útil sobre o skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.