quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Entrevista - Rogerio Mancha

Mais um ano que termina, um ano muito bom para o Skate Saúde com muitos atendimentos, parcerias com a CBSK e algumas grandes empresas do mercado e principalmente a participação em alguns dos melhores eventos de skate do Brasil. Neste ultimo post do ano, apresentamos uma entrevista com uma lenda viva do skate brasileiro, um skatista que sempre foi sinônimo de evolução tanto no vertical como no street e hoje continua colaborando e muito na evolução não só das manobras, mas também na evolução do mercado no qual ele cresceu e se criou, realizando pesquisas cientificas e fazendo um excelente trabalho como team manager. O entrevistado do mês no Skate Saúde é Rogério Manõsa o “Mancha” que fez parte do inesquecível time da Citystars e que agora comanda as ações da Element aqui no Brasil, confira agora a entrevista e um feliz 2011 a todos.

Nome: Rogério Soares Manõsa
Idade: 34 anos
Tempo de skate: 24 anos
Local: São Paulo/ SP
Patrocínio: Element

SS- Fala Mancha, para começarmos gostaria de saber como foi seu primeiro contato com o skate, suas influencias e motivações para começar a andar?
Meu primeiro contato com o skate foi em um episódio do seriado Chips, acredito que tinha oito anos na época, era viciado no seriado Chips até do fan clube eu era. Me lembro que com dez anos eu fui passar um natal na casa de um primo meu de segundo grau,nesta época também era viciado em Playmobil e Comandos em Ação estava brincando ,criando guerras imaginarias, quando meu primo abriu um presente que ele tinha ganho de natal, um skate, lembro na hora que larguei os brinquedos e fui ver o skate. No dia seguinte lembro de acordar cedo e irmos tentar andar no skate, nesta época estava pleiteando um minibug, mas o ano de 86 começou diferente queria um skate. Lembro que fui em uma demo do Hosoi nesta época, que teve na Faria Lima e ainda não tinha meu skate, meu pai até tentou me dar o minibug, que era o desejo da criançada mas não rolou. Em Abril de 86 meu pai comprou um skate, um skate bem zoado, mas era um skate novo, lembro que dormia com ele, não deixava estragar se saia à tinta eu pintava com nanquim, e comecei a ver que tinha mais skatistas no meu bairro, na verdade tinha uns oito, começamos a criar nosso crew, rampas de madeira, passamos o dia inteiro criando competições, imaginando com era o skate em outros lugares, não havia internet lógico e ai vieram as primeiras idas a pistas etc. O resto é historia!

SS- E o skate vertical, como começou a vontade de encarar as transições enormes e no que isso te deu base para o skate atual?
Nos oitenta, skate para mim era transição, eu fiquei sabendo desta pista em Pinheiros chamada QG, era uma espécie de clube, quando meu pai percebeu que eu gostava muito de skate, entrou de cabeça e me levava toda a semana numa loja que existe até hoje em Pinheiros chamada “Todas as Ondas” que foi importante para minha historia no skate, pois lá era a o núcleo do skate no bairro, tinha uma rua ao lado que lotava todos os sábados de skatistas, meu pai comprava peças, queria saber onde eu podia treinar, comprava revistas etc. E ai perto da loja ficava o QG. Meu pai me levava todo o sábado, e quem conhece meu pai sabe como ele é comunicativo, não demorou uma semana para ficar local da pista, lá eu entrava antes de abrir etc. Era uma pista freqüentada pelo Bruno Brow, Salada, Formiga e o mestre dos Banks Cuca, o Dani Milare entre outros. Comecei a andar em Banks, e comecei a ter novos amigos como o Geninho, o Cuca e passava dias, meses lá, e a evolução foi um passo. Depois vieram os patrocínios, novas pistas como a Ultra, Prestige, Top Sport, novos amigos e o auge da Miniramp, onde junto com o Geninho, estávamos sempre procurando novas manobras para incluir nas rotinas. Tudo isso foi intenso meu primeiro patrocino foi em 88 com a Dani Designers, desde 88 no skate, o mercado esta na minha vida.

SS- Você foi um dos primeiros skatistas brasileiro a sair da rotina de correr campeonatos e começar a se dedicar a filmar, fazer fotos e demos, conseqüentemente você foi um dos pioneiros e sair do Brasil, quais foram os primeiros países que você conheceu e como foi morar um tempo nos EUA?
Eu fui em 91 para Barcelona, Portugal e Marrocos com a escola onde eu estudava que era um colégio espanhol, já andava de skate, mas era o único skatista na escola, não rolou de levar o skate até tinha visto uma pista em Lisboa. Mas em 93 eu fui para o famoso mundial de skate em Münster e na seqüência para eventos na Bélgica e Inglaterra. Foi um baque, um choque cultural e de mercado, eu digo que tive em relação ao skate, estávamos atrasados, não sabíamos o que acontecia nestes lugares, na verdade tínhamos nossa própria visão do skate, uma visão brasileira. Ai quando voltei para o Brasil decidi que era a hora de mudar, me dedicar a evolução, vídeos, larguei o vert onde na verdade não estava vendo evolução. Comecei a me dedicar ao street, a nova onda do switch, e ai comecei a ir com uma certa freqüência para os EUA, todo o ano desde 97, para gravar, fazer novas fitas sponsor me tape e também para ter imagens boas nos vídeos Chiclé, Silly Society entre outros.
SS- Por falar em EUA, você fez parte da Citystars uma das mais influentes marcas do skate americano encabeçada por ninguém menos que Karen Campbell, e tinha como companheiro de equipe o até então desconhecido P.Rod, como foi esta fase no seu skate e quais as melhores recordações desta época?
Foi à concretização de um sonho, lembro que estava em 98 com o Ale Vianna em Vancouver, no auge do meu skate e conheci os caras da Menace e 101. Pensei que legal estar com estes caras que pensam no skate que eu gosto evolução, filmar, imagem de marca coisas que ainda não era o foco no Brasil. Nesta época conheci o Chad Muska, que depois fiquei sabendo que foi um cara que me deu um help na historia da Citystars. Estava em 99 nos EUA, depois de uma boa tour na Europa onde me destaquei nos eventos, naquela época os eventos ainda eram uma coisa legal e de destaque no mercado. Eu tinha sido convidado para um evento e aproveitei para gravar mais coisas e mandar algumas fitas para algumas marcas. Foi ai que fiquei sabendo que o pessoal da Dwindle estava me procurando, foi tudo muito rápido, fiquei em segundo no campeonato, entrei na equipe, um dia depois estava indo filmar com o Sócrates e o Erik Pupecki. Voltei para o Brasil, e no ano seguinte estourei meu joelho numa sessão de fotos para uma possível entrevista para a Transworld. Depois entraram todos estes moleques que iriam mudar a historia do skate, Paul Rodriguez, Mike Taylor, Spanky, Devine. Foi uma experiência incrível, digo que foi minha faculdade no skate, como gerir, direcionar uma equipe, vivi intensamente o mercado americano. Foram anos incríveis, três anos de muito skate.

SS- Como foi ter uma parte no Street Cinema, famoso vídeo da Citystars, e o que você aprendeu com eles durante o processo de gravação e lançamento deste vídeo?
Na real eu filmei minha parte em um mês e meio, depois que voltei da cirurgia, cheguei aos EUA em fevereiro e já no primeiro dia estava filmando juntos com todos da equipe, foi difícil na verdade, muita gente me fala da minha parte, mas eu não gosto dela não pude evoluir, me dedicar ao skate que eu gosto, nesta época começou aflorar na minha cabeça algumas idéia de misturar street e vert, mas isso ainda não era uma coisa cool na época. Ao mesmo tempo estava com medo de me machucar de novo. Mas engraçado que muita gente curtiu até mesmo lá fora, estes dias estava na Maze, já faz tempo e o pessoal da Baker estava lá, quando Brando Sanfrasnki, veio até mim e falou “cara lembro-me de você no filme da Citystars,curtia muito o seu role”, e sempre que viajo, a pouco tempo mesmo estava no Peru e vieram me falar da época da Citystars, hoje eu valorizo muito, talvez não seja a época do meu melhor nível de skate por vários motivos, mas foi verdadeiro. Aprendi muito como fazer uma parte de skate, iria sair o segundo vídeo chamado Terror Squad, estava melhor, evoluindo com mais segurança, foi quando a marca saiu do mercado e as imagens se perderam em algum HD, uma até foi para o especial do Brasil no 411VM. Mas todas estas lembranças estão na minha memória, a premier, as trips, os dias dedicados a voltar uma manobra, o role com o Paul vendo o moleque evoluir num ritmo absurdo.




SS- Atualmente alem de skatista profissional você é team manager da Element, como é a sua rotina de trabalho e qual o seu papel dentro da empresa?
Acredito que para ter sucesso você tem que gostar do que faz, Steve Jobs não criou a Apple para ganhar dinheiro e sim para ter um computador que o satisfaça, o mesmo com o criador do facebook, Mark Zuckeberk, ele criou uma ferramenta para poder se socializar com outras pessoas, eu estou na Element pelo skate. A Element é uma marca que nasceu do sonho de um skatista, Johnny Shilleref, de ter uma marca que representasse seus ideais. Tudo que se relaciona com o skate na Element e sua cultura passa por mim, acabo sendo o consultor sobre o mercado, situação do skate no Brasil. Eu não tenho uma rotina de trabalho e sim trabalho, digo penso no skate 24 horas do meu dia. No fundo tudo que eu faço tem um encontro e propósito de relação com o skate. Hoje temos uma equipe muito boa, somos uma família onde curtimos muito andar de skate e todas nossas tours são divertidas, pois somos amigos.

SS- A Element nos últimos anos vem fazendo ações diferenciadas como o “Have a Dope Day”, o circuito Element de novos talentos, a pista em formato de pinball, a escultura dentro da Transfer entre outras coisas, como é fazer parte destes projetos e de que forma você contribui para que tudo isso aconteça?
Foram projetos incríveis, na verdade o segredo destes projetos é saber que no final o skate e eu vamos usufruir dessa história. O pinball foi uma idéia do Cebola, eu só ajudei em alguns detalhes de como ia ser a pista e como poderíamos utilizar a pista. A Transfer foi diferente, o Pexão veio até mim sabendo que a gente tem apoiado muito a cultura do skate, para a equipe da Element fazer parte da exposição foi muito legal. Já o Have a Dope Day foi uma idéia toda minha, uma tour sem demos, sem agenda, liberdade de andar de skate e este projeto ainda não acabou. Eu sempre estou pensando em algum projeto, idéias não faltam e isso é bom, pois ainda vamos fazer muita coisa.

SS- Você passou um bom tempo na Espanha produzindo o vídeo Visca! e até viveu um momento histórico que foi ver a seleção de futebol espanhola ganhar a Eurocopa, quais as principais lembranças que você tem desta viagem?
O projeto Visca foi outra história que eu imaginei. Fazer um vídeo que retratasse o estilo de vida de Barcelona e o skate inserido neste contexto. Meu avo é catalão, meu pai também, eu estudei a vida inteira em um colégio espanhol em São Paulo. Lembro de acompanhar todos os jogos da Espanha, algumas vezes pegava meu skate e ia até um bar cheio de catalães, foi à melhor viagem que fizemos, ficamos somente em Barcelona. O Granja foi fundamental para a realização do projeto, pois ele captou a idéia do vídeo e acabou saindo um vídeo diferente do estilo Duotone, que também é muito foda. Tínhamos uma boa estrutura e isso foi fundamental, esta idéia começou na segunda edição do “Skt na Estrada”, pois a equipe vencedora ganharia as passagens para Barcelona. Neste dia eu falei “a nossa tour começou aqui vamos ganhar e pronto”. Visca Barcelona!

Nosegrind

SS- A Espanha é um grande centro da moda, também um grande centro artístico-cultural do mundo e nos últimos anos se tornou sonho de consumo de todos os skatistas, fale para nós sua visão sobre o skate como arte e as influencias do skate no mundo da moda?
Skate é arte, brigo muito ainda sobre isso com pessoas que não andam de skate. Não somos atletas e tudo que existe em teoria para o marketing esportivo no skate é diferente, o skate esta muito ligado a música, arte, moda. Lembro de um filme sobre a história de um artista de rua, Basquiat, ícone da arte pop. Ele via a rua como uma grande onda, hoje fazemos parte das cidades, duvido que qualquer cidadão não fique um dia sem ver um skatista passando pela rua. Antes da internet, blogs, reiteres, facebooks toda as tendências estavam na rua e como vivíamos na rua, a gente pegava estas idéias e modificava elas para nosso universo. A arte nos decks, a música que escutamos para andar de skate tudo isso sustenta o quando o skate é arte.

SS- O que você achou sobre o documentário “Make it Count”, e porque projetos como este não são realizados no Brasil?
Make it Count conta a história de uma marca verdadeira e quanto ela é importante para o skate, é isso que me motiva a estar na Element, pois acredito que através destas ferramentas, no caso a Element pode ser importantíssima para a história do skate no Brasil, uma marca que cresce a cada ano. Hoje vivemos uma cultura globalizada onde multinacionais estão aprendendo como ingressar em certos mercados, vivo do skate há 24 anos e o skate vai ser meu palco de vida até o final. Então sei o quando marcas como a Element, Adidas, Nike, Dc entre outras que vieram de fora são importantes, pois são marcas que querem que o mercado cresça. Sobre documentários fica a cargo de cada marca contar sua história, a história da Element se confunde com a evolução do skate, sempre curti a marca e hoje é um prazer fazer parte desta história aqui no Brasil.

SS- Por falar em vídeo você foi um dos personagens do “Dirty Money”, como foi participar deste projeto e principalmente fazer parte desta geração que revolucionou e que revoluciona o skate brasileiro até hoje?
Foi demais, é a história da minha infância, dos meus amigos. Muita coisa aconteceu e poucas pessoas sabem o quando a gente lutou para ver o skate hoje num nível melhor na verdade esta luta não acabou, pois nossa geração vai conseqüentemente assumir papeis importantes na indústria e aí vai ser uma revolução, pois nossa geração nunca desistiu e sempre acreditou na evolução de forma positiva. Eu continuo andando de skate até hoje, e penso do mesmo jeito de quando eu era moleque. Todos os méritos do projeto vão para o Ale que desde cedo sempre pensou no futuro, criar uma plataforma que pudéssemos divulgar nosso skate a Cemporcento Skate Mag,ele deu a largada nesta evolução. Valeu Ale!




SS- Você é um dos skatistas mais conceituados do Brasil e sempre teve sua imagem associada a grandes marcas aqui do Brasil e por muitos anos, como você enxerga o relacionamento entre skatista e marca?
Eu fiz parte da Lifestyle uma das principais marcas do skate dos anos 80, minha escola já começou nos anos 80. A Lifestyle sempre escutou muito os skatistas da marca. Mas nos anos 90 isso mudou um pouco. Eu tenho uma analogia boa sobre isso o grande segredo do mundo é saber como os furacões surgem e como eles atuam, e tentam de todas as formas jogarem umas bolinhas dentro desses furacões, o furacão é nosso mercado e nós skatistas estamos dentro dele. A melhor informação vem da gente, sabemos o que acontece em nosso mercado, mas sempre existem gênios de marketing e administração querendo dar palpite sobre a próxima tendência. Eu li uma entrevista do Naroga da Converse aqui, falando que devemos valorizar skatistas que fizeram a história do skate no Brasil e concordo com isso. Lembro que sempre valorizei o mercado brasileiro, fui da Crail durante anos, quando decidi voltar para o Brasil para ajudar a valorizar nossas marcas o Sergio me mandou embora aos 28 anos e me falaram que eu já estava velho para andar de skate e se eu tinha uma plano B, que ele poderiam me ajudar em termos. Hoje vivo minha melhor época no skate e muito disso veio da relação com uma marca americana, que nunca soube da minha história, mas acreditou no meu potencial. Sou muito grato a Element e outras marcas que me patrocinaram, muitos amigos meus que também possuem uma vida bem melhor hoje depois de anos se relacionando com as marcas brasileiras. Acredito no mercado brasileiro, mas as marcas brasileiras precisam acreditar em seus skatistas e saberem que ao pagar uma tour estão investindo em sua própria marca e não como já ouvi, que estamos tirando o dinheiro das férias de seus filhos na Disney.

SS- Por falar em patrocínios, você fez um trabalho acadêmico falando sobre o seu atual patrocinador a Element, qual foi o objetivo deste estudo e como foi a repercussão dele tanto no meio acadêmico como dentro da empresa?
Quando entrei na Element, percebi que sempre tinham pessoas novas trabalhando e não existia nenhum trabalho que falasse sobre a história da Element e o mercado do skate. Eu tirei 10 com louvor, foi muito legal que o orientador deste trabalho no primeiro dia de aula pediu que cada aluno se apresentasse, quando chegou minha hora falei que meu nome era Rogério, que andava de skate, aí o professor Maurício Jacques que era um grande fã meu e que andava de skate e até tentou realizar alguns trabalhos acadêmicos sobre skate me deu uma força, até hoje o trabalho ainda é usado na Element, este ainda é o primeiro de muitos que quero realizar e provar academicamente que nossos pensamentos ainda são diferentes em relação a outros esportes.

SS- Você é um dos skatistas com formação acadêmica que vem correndo o Circuito Universitário de Skate, inclusive ganhando uma das etapas deste ano, qual a sua opinião sobre este circuito e principalmente sobre a grande quantidade de skatistas que alem do skate vem se dedicando aos estudos?
Eu sempre gostei de estudar e sempre fui bom aluno, e hoje estudo muito mais, pois gosto de marketing. Percebi que poucos possuíam diplomas, na verdade conhecemos nosso mercado, mas como já disse nossas idéias algumas vezes não são valorizadas e no período que ficamos nas ruas, indo para campeonatos, vivendo o skate na outra via, tinha uma pessoa estudando, mas sem conhecer nada do mercado e esta mesma pessoa seria depois de formada uma das pessoas que estaria trabalhando no nosso mercado em algumas marcas só por causa de um diploma. Já que diploma da credibilidade por que não estudar, hoje estou só no começo do meu projeto. Ano que vem começo meu MBA,e ainda quero dar aula e propagar nossas cultura para outros muros.
O circuito universitário é um circuito bem legal, acredito que ele vai crescer muito e valorizar muito o skate, este ano nem imaginava que ainda ganharia um campeonato e acabei ganhando dois, e o mais curioso disso tudo que foram minhas únicas vitorias em campeonatos profissionais.

BS Smith

SS- Em todos estes anos no skate o número de lesões deve ser grande, quais as principais lesões que você sofreu e atualmente vem fazendo algum trabalho de condicionamento físico?
Já quebrei o braço, torci o pé, mas acredito que a pior foi a do joelho. Fiquei quase um ano sem andar. Durante muitos anos fiz bastante academia, mas hoje vivo igualzinho quando era moleque, o skate é meu preparo físico (risos) não tem funcionado muito, mas gosto bastante de natação e no próximo ano pretendo voltar a nadar.

SS- Você realizou o sonho de todo o skatista que é ter uma pista em casa, como foi o processo de construção dela e de que forma ela entra no seu cotidiano?
Eu sempre sonhei em ter uma pista, o Daniel Arnoni que acho que é o melhor cara para construir pistas no Brasil, construiu em casa, é um miniramp com block, ele fez tudo e cuidou do projeto que ficou demais. O Billy Argel junto com o Danielone fizeram a arte, só amigos, todo o dia eu a vejo e me motivo a fazer mais pelo skate, para construir quem sabe um dia, na verdade tenho certeza, uma pista maior como o Berrics.

SS- O que você acha que ainda falta para melhorar o mercado brasileiro de skate?
Escutarem os skatistas e valorizarem a peça fundamental desde jogo que é o skatista.

SS- E para finalizarmos onde você acha que esta o futuro do skate?
O futuro do skate esta nos skatistas, carregamos o segredo e cada um tem o seu.




Agradecimentos: São inúmeras pessoas nesta vida toda, a todos meus amigos, minha família, meus pais e a todos que tornaram minha vida uma vida feliz onde faço o que gosto e vivo para o skate. ANDE E ENTENDA !!!!!

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