sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Entrevista - Diego Garcez "Chaveiro"

Correr atrás de um sonho, conhecer pessoas, novos lugares para andar e evoluir, esses são alguns de seus objetivos. A tatuagem em seu antebraço expressa bem o ritmo do seu dia “Skateboard All Day”. Manobras técnicas com muito pop foram seu cartão de visita no concorrido skate amador brasileiro e a parte em um dos melhores vídeos de todos os tempos no skate nacional foi à confirmação do que estava por vir, o profissionalismo. Um cara amigo e correria desde sempre, representando Guarulhos e o centro de SP junto com sua crew, corre atrás de novos objetivos agora na Califórnia levando seu skate a outro nível. O entrevistado do mês no Skate Saúde é um dos skatistas mais respeitados do Brasil e certamente um novo nome que ainda vai dar muito o que falar no skate americano, é com enorme satisfação que entrevistamos Diego Garcez o “Chaveiro”.


Nome: Diego Garcez de Lima
Idade: 21 anos
Tempo de skate: 10 anos
Local: Guarulhos, SP/Costa Mesa, CA
Patrocínio: Matriz Skate Shop, Almost, És, Gold Wheels, És footwear.

BS Nollie Hell Foto-Robson Sakamoto


SS- Você começou a andar de skate aqui em Guarulhos muito jovem, como foi este começo e quem eram seus companheiros de sessão e suas principais influencias?
Via os moleques do meu bairro andando, curti e montei um pra mim. Depois conheci o Daniel um amigo de Guarulhos, ele já andava e sabia aonde eram os lugares que a galera colava pra andar. Esta época foi a melhor época, nós éramos moleques e só pensávamos em sair andando pelas ruas, se divertindo.

SS- Guarulhos é uma cidade em que o skate de rua predomina e grandes talentos do skate como você, Laurence e Bambam saíram daqui, quais são os próximos skatistas daqui que tem tudo para despontar em breve?
Têm vários moleques bons em Guarulhos, skate é vida em Guarulhos! Mas dos moleques que eu conheço são Mario Romário, Rodrigo Jabá e o Marco Antonio.

SS- Você tem uma ligação muito forte com o centro de SP, quando e como você começou a andar lá?
Comecei há uns oito anos atrás mais ou menos, fui uma vez com o Bambam camarada de Guarulhos, colei e curti andar no Anhagabau e ando até hoje lá, é sempre bom andar em diferentes lugares.

Nollie Hard Hell Foto- Everton Ribeiro


SS- Fale um pouco sobre a KDC, o início, os integrantes e como é fazer parte desta crew?
No inicio eu, Zezinho e o Java começamos ''zoando'', fizemos KDC na lixa do skate e todos os integrantes curtiram porque a crew já era formada, só fizemos um logo pra nós mesmo.
Os integrantes são eu, Bruno, Java, Léo Mendes, Salva, Two, Zezinho, Granja, Piquet e mais uns manos, fazer parte desta crew é satisfação total. KDC fuull !!!

SS- Você teve parte em um dos melhores vídeos da historia do skate brasileiro o Duotone, como foi fazer parte deste projeto e como foi para você a repercussão deste trabalho?
Fazer parte no Duotone foi um dos melhores presentes que o skate me deu, e esse vídeo me ajudou chegar aonde eu cheguei. Agora a missão é fazer outras vídeo-partes.

SS- Conte-nos como foi sua passagem para profissional e como você encarou esta nova fase no skate?
Antes de passar para profissional já vinha fazendo um trampo como amador, e com isso vários moleques pensavam que eu já era profissional, ai um tempinho depois saiu o Duotone para confirmar. Encarei essa fase tranqüilo, porque a única diferença entre amador e pro é que o amador tem mais campeonatos e o pro não. Mas eu sempre divulguei meu skate de outras formas então nada mudou para mim.



SS- Você faz parte de um dos melhores times de skatistas do Brasil, o da Matriz como foi sua entrada para a marca e como é fazer parte de uma equipe com tantos nomes de peso?
Minha entrada não foi nada planejada. O Gordo e o Cida sempre foram boas pessoas comigo, já fizemos vários roles e eu sempre curti a MTZ, ai tudo deu certo. Faço parte desta elite.
Para mim é muito satisfatório ser da Matriz, alem de serem style as roupas, é marca de skatista para skatista. MATRIZ !!!

SS- Já á algum tempo você esta fora do Brasil, como foi sua chegada aos EUA e quais os motivos te levaram a morar ai?
Foi inesquecível, Califórnia é muito diferente do Brasil em todos os sentidos. Só indo pra saber qual é.
O que me motivo a vir foi meu skate, meu sonho, minha evolução. Eu quero mais.

SS- Como é o seu dia a dia ai nos EUA e quais as principais diferenças que você vê entre o mercado americano e o brasileiro de skate?
Tento aproveita ao máximo meu dia aqui, quando não vou andar de skate,vou à praia ou na piscina para relaxar, recarregar as energias.
A diferença é que na Califórnia são os skatista que movimentam TUDO. No Brasil são outros tipos de pessoas que não entendem nada e que tornam o Brasil no que é, mas isso já vem de antes.


SS BS Flip Foto- Heverton Ribeiro

SS- Já esta habituado com o jeito e o lifestyle americano?
Opa to me adaptando, mas o que eu mais sinto falta é do arroz com feijão da minha mãe. (risos)

SS- Quais os principais picos que você tem andado por ai e quem são os seus principais companheiros de sessão?
Califórnia é uma caixinha de surpresas, quando você menos espera encontra um pico perfeito para andar. Eu moro com o Felipe Nery, mas estou sempre andando com outros camaradas.

SS- O skate nos da uma sensação única de liberdade e uma capacidade enorme de superar desafios, nos levando a lugares inimagináveis e superando obstáculos impossíveis, o que o skate te trouxe de melhor até hoje?
Meu estilo de vida sou muito grato ao skate por isso.


FS Nollie Hell Tailslide Reverse Foto- Heverton Ribeiro


SS- Quais são seus planos para o futuro?
Ir a Barcelona.

Agradecimentos: Deus por me dar vida, saúde e paz, minha família, amigos e
patrocínios.

Um comentário:

JnrPato disse...

Que Deus abençoe sempre a sua caminhada mano seja onde for, muita paz e muito skate sempre e lembre-se que Se Tu Lutas tu Conquistas.