O calcâneo é um dos ossos que compõem nosso pé, e junto com o talus formam o Retro pé, ou a parte posterior do nosso pé.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbUXAZi8TRqH_wgA-Ntm9DtTOnmTzz-wk6myE2-wH0-V4cj0R1Z1I5XlmKZRwd1vyE5s3uvGLYf2mUpOuvOl4v7xpRicY2HO7xIWUg14yEcy-0Ht4jZo41Ljp0p9f6ad11oE4SgIW2JlA/s320/calcaneo+1.gif)
Como no caso deste skatista aqui de SP, 75% das fraturas do calcâneo ocorrem por queda de altura onde o paciente cai em pé. O calcâneo articula-se com o astrágalo por meio das facetas anterior e posterior. O osso talar se adapta em sua superfície superior como uma cunha, quando alguém sofre uma queda de pé, a força do peso do corpo é conduzida através da tíbia e o astrágalo encunha-se violentamente no calcâneo, fendendo-o e comprimindo-o às vezes esmagando a superfície articular intermediária.
Quando ocorre este tipo de fratura por queda de altura é sempre aconselhável examinar a coluna tóraco-lombar, pois é possível fraturas por acunhamento nesta região, além de poder ocorrer também fraturas de outros ossos no membro inferior.
O diagnóstico é possível por exames de imagem que devem ser feitos em três incidências (oblíqua dorso-plantar do retropé, lateral e axial do calcâneo) e por exame clínico onde os movimentos da articulação do tornozelo, podem ser indolores, mas a inversão e a eversão estarão limitadas e dolorosas.
As fraturas do calcâneo podem ser três tipos (Fratura isolada sem lesão articular, Fraturas cominutivas com lesão articular mínima e Fratura cominutiva com lesão articular grave) e podem deixar algumas seqüelas (formação de esporão, sensibilidade sob o calcanhar, deslocamento superior da tuberosidade e alongamento relativo do tendão de Aquiles, espessamento ósseo lateral e compressão do maléolo externo, artrite sub-astragalina, artrite médio-tarsiana, pé equino valgo e aderências das articulações tarsianas e do tornozelo) no skatista lesionado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGok86Z5IdctLs-lz3iPNw6Brzo5lnKF9RmSsEOhZneQrNTsXEPPV2kLIU0HoIm1JD0ail7MNHaACIocshnbDlXxhlVstyf3_LITimNchXa6RAm4k8qArE_mRACWaoR40dufcuQhA0k50/s320/calcaneo+2.jpg)
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico dependendo do tipo de fratura e da habilidade do cirurgião traumatologista. Nas fraturas cominutivas sempre a cirurgia é feita dez dias após a fratura, pois o calcâneo é um osso muito esponjoso e fica muito complicado fixar uma placa com parafusos.
No caso em que atendi o tratamento foi conservador então após a retirada da imobilização foi iniciado o trabalho de reabilitação visando ganho de ADM, força e melhora da propriocepção no local e posterior volta ao skate de forma gradativa.
Uma boa dica para todos os skatistas é alem de realizarem atividades físicas para melhora das capacidades, utilizarem tênis com um bom sistema de amortecimento e sempre tentar superar seus limites com segurança.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário