Desde que comecei a andar sempre procurei aprender manobras novas, sempre querendo me auto superar, cada vez mais e mais, acho isso muito importante para a evolução, não só no skate mas para tudo na vida.
SS- Dentro destes 21 anos como skatista profissional você vivenciou bons e maus momentos do skate no Brasil, quais foram os piores e os melhores momentos que você acha que o skate brasileiro que impactaram diretamente na sua carreira?
Quando eu passei para profissional, foi na época do plano Collor e depois fui entender, o pais quebrou, as marcas quebraram, muita gente parou de andar, foi bem embaçado, quem continuou sofreu bastante, não tinha material, poucas pistas, eu mesmo só continuei por que sempre amei muito o skate.
Acho que os melhores momentos são os de hoje, cada vez procuro me envolver com marcas que realmente se preocupam com o skate e que os donos são pessoas que eu conheço e posso confiar. Hoje tem muita informação, facilidade de peças, muitas pistas e isso é bom para o skate.
SS- Seu filho te acompanha constantemente nas sessões e já apresenta muita base no skate, se tivesse que passar para ele a principal lição que o skate te ensinou qual seria?
Sempre falei e acho o skate um esporte muito difícil, mais muito mesmo e isso é uma coisa te tento passar para ele, por mais que ele tenha base para andar, nunca subestimar o skate, nada e nem ninguém.
Também a paciência, força, perseverança, saber cair, a vida é feita de obstáculos como o skate, você vai cair, levantar e tentar de novo e passar por cima.
SS- Em época de super exposição dos skatistas nas redes sociais, onde a cada dia surge um novo talento, uma nova vídeo parte, ou uma manobra cabreira solta na internet, você acha que as marcas conseguem valorizar skatistas com uma história como a sua ou os olhos estão sempre voltados para os jovens promissores?
Quem realmente flagra sim, assim como eu respeito os anos 80, as marcas e todos em geral devem respeitar quem fez e esta ate hoje. Acho style por exemplo filmar uma manobra e depois de 2 horas postar e o mundo todo vê, isso é muito loco, isso é uma para cabreira da internet.
No meu caso tento aproveitar mais minhas manobras e fotos, filmagens, as fotos sempre espero saírem em revistas, anúncios e depois solto na net e os vídeos a mesma coisa, sempre que filmo uma manobra considerável, procuro guardar para um trampo meu e posteriormente vai para net.
SS- O que podemos esperar do Gian para os próximos 21 anos de skate?
Estou com 36, estarei com 57, meu pensamento é muito loco sobre isso, estarei fazendo de tudo para não faltar nada para minha família e estarei andando de skate, sei que é um ciclo e que será diferente, mas estarei andando com a mesma vontade e com o mesmo sentimento que sinto quando subo no skate que é o sentimento que senti a primeira vez que subi no skate com 9 anos de idade, me sinto uma criança livre, feliz é inexplicável!!!
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