quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Importancia da mobilidade articular no skate

A evolução técnica e física de um skatista está diretamente relacionada com a capacidade de mover e estabilizar simultaneamente as diferentes articulações nas distintas fases dos movimentos. Cada segmento articular apresenta uma contribuição específica dentro do sistema locomotor, por exemplo em um agachamento simples que é um movimento básico para a execução do ollie, é necessário apresentar mobilidade de tornozelos, estabilidade de joelhos, mobilidade de quadril, estabilidade da região lombar, mobilidade na região torácica e estabilidade na região das escápulas.
A diminuição ou perda da funcionalidade articular está relacionada à dificuldade de aprendizagem de novas manobras e consequentemente redução na evolução, desempenho físico abaixo do potencial e sobretudo compensações e desequilíbrios músculo-esqueléticos que convergem para lesões.
As articulações intercalam em suas funções sendo elas de mobilidade ou estabilidade começando to tornozelo e indo até a gleno-umeral. A relação deve ser feita observando as articulações imediatamente acima e abaixo da região em questão, isto é, se for detectado algum padrão equivocado nos joelhos, a análise ocorrerá no tornozelo e quadril. Para favorecer a compreensão, um caso típico é a projeção dos joelhos para dentro durante o agachamento e consequentemente o ollie e suas variações, provavelmente a origem desse padrão de movimento está associada à questões correspondentes à deficiência de mobilidade no tornozelo, quadril ou ambos, ao mesmo tempo a ativação das musculaturas na região do quadril e lombar devem ser investigadas.
Esse modelo específico das funções de cada região segue para todas as articulações. Nos momentos em que as articulações de mobilidade perdem sua característica, a próxima articulação estabilizadora será acionada a produzir uma mobilidade compensatória, diminuindo a estabilidade provocando situação favorável à lesão. Já as articulações de estabilidade tem por função promover uma situação segura para produção de força e potência, bem como permitir o correto deslocamento dos seguimentos corporais preservando os tecidos cartilaginosos, ligamentares e tendinosos. Em caso de redução da função da articulação estabilizadora o resultado será um comprometimento dos tecidos moles (cartilagem, ligamento, tendão, inflamação muscular).
A visão integrada facilita o entendimento da atribuição de cada articulação e isso permite trabalhar o corpo como um todo, tanto para a prevenção de lesões como para a melhora do rendimento sobre o skate.
Este é um ponto muito importante que a maioria dos skatistas deixa passar, cuide bem do seu corpo e da sua saúde, afinal ele é sua maior ferramenta para se andar de skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Potência de quadril e o "pop"

A imensa maioria dos skatistas que começam a fazer um trabalho de preparação física tem como primeiro objetivo minimizar o risco de lesões e em segundo plano melhorar o "pop". Um ponto importante para ser trabalhado em busca da melhora do "pop" está na potência do quadril, que tem relação direta com a melhora do salto vertical.
O quadril é responsável pelo suporte do peso corporal, é o maior geradora de energia durante movimentos explosivos, atuando como uma base no movimento dos MMII e importante para a postura e equilíbrio corporal. A postura sentada é a posição mais adotada pelas pessoas nos dias atuais e é responsável pela maioria das modificações fisiológicas ocorridas na coluna vertebral, e em maior proporção na coluna lombar.
Alguns exercícios simples podem ser bem proveitosos para o aumento da potência do quadril e consequentemente a melhora do pop. O primeiro deles é o air squat ou agachamento livre, essencial para o seu bem-estar e pode tanto melhorar seu condicionamento físico quanto manter seu quadril, joelhos e coluna saudáveis e em pleno funcionamento.
O agachamento é o exercício mais essencial de extensão do quadril. E a extensão do quadril é o fundamento de todo movimento humano de elite, pois sem uma extensão controlada e explosiva da articulação do quadril você não está operando nem perto de sua capacidade física. Não é coincidência que toda pessoa que conhecemos que possua uma extensão explosiva desta articulação é também capaz de correr, saltar, arremessar e socar com extrema força e efetividade.
O segundo exercício é o salto sobre caixa onde você tem que saltar do chão, em uma caixa. Para executar um movimento adequado, deve-se atingir uma extensão total do quadril, isso significa que, uma vez que você saltar para a caixa com os dois pés, então você deve bloquear as suas pernas, e levantar-se com o quadril sobre seus pés, assim como um levantamento terra. Saltos na caixa são ótimos para qualquer atleta e possuem uma série de benefícios físicos como o aumento da força explosiva que está diretamente ligado à velocidade de abertura do quadril, quanto mais fácil e controlado for este movimento maior vai ser o potencial do salto.
E para fechar esta serie temos o Kettlebell Swing, na minha opinião o melhor exercício em termos de geração de potência através do quadril, neste exercício o peso de trabalho deve ser um peso considerável, caso contrário estaremos subdimensionando o trabalho que pode ser exercido pelo nosso quadril. Não esqueça que sempre a qualidade do movimento deve ser priorizado, enquanto a quantidade fica em segundo plano até que se tenha total capacidade de “arremessar” o Kettlebell de volta utilizando apenas o movimento do quadril.
Estas são algumas dicas simples para se ganhar mais potência no quadril e melhorar seu "pop" na hora de manobrar, além de força e potência devemos ter mobilidade no quadril para termos um melhor desempenho, em breve abordaremos este assunto em um novo post.
Para saber mais sobre nosso método de preparação física específico para skatistas, entre em contato agora mesmo e agende uma avaliação gratuita.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Sindrome do impacto anterior do tornozelo e o skate

O tornozelo do skatista é a região do corpo que mais sofre com lesões, hoje falaremos sobre mais uma delas, a síndrome do impacto anterior do tornozelo.
Antes de tudo, quando nos referimos ao termo Impacto, não mencionamos um evento agudo, repentino, mas sim ao contato inadequado entre tecidos ou estruturas do corpo. Sendo assim, embora as Síndrome do Impacto do Tornozelo possam acontecer devido a um evento agudo ou traumático, na maior parte das vezes elas se iniciam devido movimentos repetitivos que vão, progressivamente, provocando a lesão.
 O Impacto Anterior do Tornozelo é o contato inadequado que ocorre na região da frente do tornozelo, entre os ossos da tíbia (osso da perna) e do tálus (logo abaixo da tíbia) ou entre os ossos mencionados e os tecidos da articulação. Esse contato inadequado se transforma em dor e/ou em inflamação através dos repetidos movimentos de dorsiflexão do tornozelo (dobrar o pé para cima ou, caso o pé esteja fixo no chão, inclinar a perna em direção ao pé), encontrados no dia-a-dia de qualquer skatista.
Uma outra possível origem para o Impacto Anterior do Tornozelo são entorses de tornozelo em inversão repetitivos, que vão promover um espessamento dos tecidos na região anterior do tornozelo. Esse espessamento os torna mais susceptíveis à compressão, favorecendo o impacto.
Os principais sintomas são de limitação do movimento de dorsiflexão, dor na região anterior do tornozelo e inchaço. A dor pode ser de natureza vaga ou aguda, e pode haver dor e rigidez após atividades que exijam esforços do tornozelo em dorsiflexão. Travamentos e falseios também podem acontecer. É importante mencionar as possíveis conseqüências de não se tratar adequadamente essa lesão.
O impacto repetitivo vai gerando microlesões que podem se transformar em fibrose (tecido cicatricial) e gerar osteófitos (proeminências ósseas, os famosos “bicos de papagaio”). Estes favorecem ainda mais o contato inadequado entre os ossos, podendo estreitar o espaço entre os ossos, diminuindo ainda mais o movimento articular e agravando o Impacto. Esses “bicos de papagaio” podem se desprender do osso gerando corpos livres na articulação, que trazem mais dor e limitação de movimento.
Muitos pacientes com impacto do tornozelo posterior respondem bem ao tratamento de fisioterapia. Um dos componentes da reabilitação é que o paciente precisa evitar atividades que aumentem a sua dor. Isto evita a irritação aos tecido lesionados.
Além disso, ganho de amplitude de movimentos articulasr, através de mobilizações, liberações miofasciais e alongamentos, podem contribuir para uma melhor biomecânica de movimento, livre de dor. Recursos eletroterapeuticos também podem aliviar a dor e ajudar na recuperação de tecidos lesionados. O fortalecimento muscular pode também contribuir no tratamento, ajudando a diminuir a sobrecarga na articulação.
Uma vez que o paciente pode realizar essas atividades sem dor é necessário um retorno gradual ao skate, sem que haja aumento dos sintomas.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O treino tabata e o skate

A cada dia mais skatistas procuram a preparação física visando uma melhor performance sobre o carrinho e também minimizar o risco de lesões que o skate oferece. Hoje falaremos sobre um método que utilizamos muito aqui no Skate Saúde devido à sua semelhança com o skate, um exercício de alta intensidade e intervalado.
Nos anos 90, uma equipe de pesquisadores japoneses decidiram que iriam buscar a resposta sobre que método era mais eficiente para o emagrecimento. Liderados pelo PhD Izumi Tabata, eles saíram em busca de respostas. Pesquisaram todo tipo de exercício, desde os aeróbicos de baixa intensidade, até exercícios de força. Sua pesquisa com o resultado foi divulgada no renomado Medicine and Science in Sports and Exercise e é considerado até hoje um marco na ciência do exercício físico. O que Tabata e seus pesquisadores conseguiram comprovar foi que a intensidade do exercício é tão importante ou até mais que o volume. Portanto, o mesmo pesquisador criou o método Tabata, que tem o respaldo científico de que funciona e deu origem a muitos outros programas que se basearam em sua metodologia.
O método Tabata consiste em um volume que oscila entre 7 e 8 séries, de exercícios aeróbicos, que podem ser caminhada, bicicleta, transport ou qualquer outro. Cada série consiste em 20 segundos de intensidade elevada a 170% do Vo2 máximo. Ao fim de cada série, utiliza-se um descanso ativo de 10 segundos. Neste descanso ativo não se deve parar, mas apenas diminuir a intensidade.
Se você for somar as 8 séries deste método, com duração de 30 segundo cada, verá que o método Tabata original tem duração de 4 minutos. Esse método de treino se parece muito com uma sessão de skate, pensando na execução de uma linha, você uma a intensidade alta para executar as manobras e a pausa ativa remando entre as manobras ou obstáculos. Temos obtido grandes resultados usando esta metodologia em conjunto com outros tipos de treinamento, como é um treino rápido e dinâmico a aceitação é grande por parte dos skatistas.
Seu corpo é a sua principal ferramenta para andar de skate, portanto cuide bem dele. Para saber mais sobre nossa metodologia de treinamento físico específico para skatistas, entre em contato e agende uma avaliação gratuita.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.