quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O segredo do "pop"

Enquanto a grande maioria das pessoas está preocupada em onde e como vai “pular” o Carnaval, eu inspirado pela nova série da ÖUS o #agoraficoupequeno para a campanha de lançamento do pro-model de tênis do Patrick Vidal me peguei pensando, de onde vem tanto pop?
O ollie é uma manobra relativamente simples para qualquer “streeteiro”, mas o pop que alguns skatistas conseguem alcançar é algo realmente surpreendente até se comparado com outros esportes. Vamos tomar por principio o salto vertical praticado em muitos esportes, atletas da NBA atingem em média de 28 a 34 polegadas (70 a 85 centímetros), um atleta olímpico de salto triplo chega a 93 centímetros, números estes observados em atletas de altíssimo nível e que são superados com facilidade por muitos skatistas, que alem de saltar precisa “levar o skate junto”.
O ollie é um movimento de explosão e para se ter uma melhora no desempenho algumas valências físicas precisam ser trabalhadas. A primeira delas é a força, onde exercícios com peso como os agachamentos, degrau e afundo podem ajudar a melhorar este quesito nos membros inferiores. A segunda seria a potencia, fundamental em movimentos de explosão, onde exercícios pliométricos e Power Cleans, quando feitos em alta intensidade contribuem para a melhora desta valência.
Outro fator de grande relevância é o gesto motor, onde aprender o movimento do ollie e executar o mesmo com precisão faz uma grande diferença. Basta comparar skatistas com pouco tempo de pratica a skatistas mais experientes, a qualidade do gesto motor é diferente e por isso o resultado final do ollie também é.
Com o crescente aumento da preparação física entre os skatistas, podemos notar skatistas profissionais com grande capacidade física e muita técnica sobre o skate e que mesmo assim ainda não apresentam um pop tão considerável. Mas se eles tem o gesto motor perfeito e estão fisicamente bem preparados porque não atingem tanta altura nas manobras?
O segredo pode estar na genética de cada skatista. A formação muscular de cada individuo é diferente, vamos colocar um outro esporte para exemplificar. A corrida que hoje é praticada em grande escala, se divide em provas de longas e curtas distancias. Um corredor de curta distancia não consegue ter um bom desempenho em provas longas e o de provas longas não consegue fazer tempos recordes em uma prova curta. Isso se deve as fibras musculares que compõem o organismo de cada um deles. Os maratonistas apresentam mais fibras do tipo I (fibras de contração lenta) que são excelentes para atividades de resistência. Já os velocistas apresentam mais fibras do tipo II (fibras de contração rápida) que são usadas em atividades de explosão e velocidade como o skate.
Na formação muscular de cada skatista pode estar o segredo do pop. Não que um skatista que tenha mais fibras do tipo I não consiga andar bem de skate, mas talvez skatistas com uma maior porcentagem de fibras musculares do tipo II possam ter um pop mais elevado por conta da sua formação genética. O treinamento físico ajuda a melhorar muito seu desempenho no skate, mas pode não ser o suficiente para atingir um pop altíssimo se você não tiver uma quantidade maior de fibras musculares do tipo II em seu organismo. Isso é uma suposição, mas a cada dia começa a fazer mais sentido vendo os skatistas que treinam comigo.
Espero que em um curto espaço de tempo, estudos sobre este tema possam ser realizados para otimizarmos ainda mais a preparação física dos skatistas e vermos uma evolução ainda maior no skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

As hérnias e o skate

Um problema que tem crescido muito no meio do skate é o surgimento de hérnias nos skatistas nos mais variados locais (Epigastricas, Umbilicais, Inguinais). É difícil correlacionar o surgimento delas com a pratica do skate, mas não podemos descartar esta hipótese.
A Hérnia é o deslocamento de partes do organismo através de orifícios nas paredes fibrosas (fáscias) natural ou adquirido. Formam uma saliência/protuberância visível e dolorosa. No caso das hérnias abdominais, elas geralmente aparecem quando o portador tenta levantar muito peso, sofre um golpe ou por causa de outras doenças.
Quando pequenas, as hérnias podem não apresentar sinais externos além do inchaço na área por ela afetada. No entanto, se a abertura no tecido muscular e a protusão aumentarem, a dor pode ser contínua ou intermitente e sua tendência é agravar-se com atividades que pressionem a parte inferior do abdome, como esforço para evacuar, tossir, levantar peso ou, ainda, se a pessoa permanecer em pé por período prolongado o que facilmente é detectado pelos skatistas devido ao grande incomodo.
A hérnia pode manifestar-se num momento, desaparecer espontaneamente e voltar a manifestar-se de novo. Às vezes, porém, ficam estranguladas, isto é, as alças intestinais não retornam à posição normal. Quando isso acontece, há um bloqueio da circulação sanguínea na parte do tecido em que ocorreu a protusão. Nesse caso, além da dor, surgem náuseas e vômitos. Na presença desses sintomas, procure imediatamente um médico.
A cirurgia é o único tratamento que pode corrigir permanentemente uma hérnia. Entretanto, as hérnias menores que não apresentam sintomas algumas vezes precisam ser observadas e na maioria dos casos o tratamento conservador pode resolver o problema.
Ela geralmente será feita em hérnias que causam dor ou que estão aumentando de tamanho. A cirurgia protege a porção enfraquecida do tecido da parede abdominal (fáscia) e fecha todos os orifícios anormais que encontrar.
 Em vez de uma cirurgia aberta, algumas hérnias podem ser reparadas usando um laparoscópio (câmera). As vantagens de usar uma câmera incluem pequenos cortes cirúrgicos, recuperação mais rápida e menos dor depois do procedimento.
Normalmente, as pessoas referem-se à hérnia toda vez que sentem dor no baixo abdome após levantarem algum peso ou esforço físico excessivo. Na maioria dos casos, porém, não se trata de hérnia já que sua principal característica é a ocorrência de inchaço. Se perceber inchaço no abdome, acompanhado ou não de dor, procure imediatamente um médico.
Cuidar da saúde é primordial para se ter longevidade no skate, uma boa preparação física, alimentação e descanso são essenciais para todos os skatistas.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O skate e o Kettlebells

Sempre estudando em busca das melhores técnicas de treinamento físico específico para skatistas, vamos falar hoje sobre o Kettlebells, uma das atividades que usamos em nosso treino integrado voltado aos skatistas.
A literatura sugere que os kettlebells são originários da Rússia do Século XVIII, como contrapesos para grãos nos mercados de rua, porém também há relatos que algo parecido era usado na Irlanda, ao encherem um bule com areia e arremessá-los para cima.
O Kettlebell pode ser usado tanto como um complemento para uma rotina normal de musculação, ou como a única atividade de um treino. O Kettlebell fica em vantagem sobre o treinamento convencional, pois a maioria dos exercícios trabalha as cadeias musculares e não apenas os músculos de forma isolada, além de exercitar tanto os músculos superficiais (como na musculação) também trabalha os mais profundos (a exemplo do pilates).
A explicação vem do próprio formato, pois o centro de massa do Kettlebell não está distribuído igualmente e os músculos estabilizadores têm de trabalhar mais para compensar esse desequilíbrio. Ao fazer um movimento com os membros superiores, por exemplo, músculos do abdômen e dos glúteos também são recrutados.
Os movimentos devem ser feitos de forma explosiva e balística, mantendo a estrutura do corpo nas posições adequadas para não ocorrer sobrecarga. Com movimentos básicos, pode-se gerar e absorver energia cinética do quadril (o mais potente gerador de energia do corpo humano), e também no complexo proprioceptivo desde a planta do pé até os músculos que seguram o peso firmemente nas mãos e os músculos estabilizadores dos ombros.
Para os skatistas as principais vantagens deste tipo de treino são o treino do quadril de forma funcional em velocidade real de performance, a exposição de fraquezas individuais por ser um treinamento “unilateral” promovendo correções de assimetria corporal o que é fantástico para trabalhar por igual as 4 bases (ollie, nollie, fakie e switch), auxilia no desenvolvimento de estruturas articulares fortes e flexíveis, pois exige muito que as articulações se estabilizem dinamicamente, o que reduz o potencial de lesão e permite maior eficiência na produção de força muscular, desenvolve a região do CORE com excelência uma das mais requisitadas no skate e ensina o corpo a lidar com a constante mudança do centro de gravidade o que é fundamental na pratica do skate.
Se quiser conhecer mais sobre a técnica e nossa metodolgia de treino integrado para skatistas, agende uma aula gratuita agora mesmo.
Lembre-se : ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A liberação miofascial e o skate

A preparação física e o trabalho preventivo de lesões a cada dia mais vem se tornando uma rotina na vida dos skatistas. Uma das técnicas que temos adotado em nosso sistema de trabalho e que tem surtido grande efeito nos skatistas é a liberação miofascial.
Para um melhor entendimento desta técnica, é necessário entender o conceito de fáscia, que é um tecido conjuntivo que envolve órgãos e músculos. É uma espécie de lâmina que rodeia todos os órgãos em forma tridimensional e com isso os mantém em uma correta posição e funcionamento. Assim, as fibras musculares estão contidas nesse conjunto de tecidos, formando uma peça única. Uma maneira fácil de compreendermos seria imaginarmos a fibra muscular como sendo um fio de cabelo, agora pensamos em uma touca envolvendo todos os nossos fios de cabelo. Ela é extremamente resistente e se espalha através do corpo, da cabeça aos pés.
A contração de um músculo gera um tensionamento do conjunto das fáscias, quando movimentamos uma parte do nosso corpo este responde como um todo, isso ocorre devido as fáscias serem interconectadas.
Dependendo da postura, trauma direto ou uma intensa atividade física estes tecidos fasciais podem sofrer restrições, o que impedem o livre movimento do corpo o chamado “movimento limpo”. Tais restrições causam rigidez e limitação motora com conseqüências funcionais, normalmente, estas restrições estão associadas ao aparecimento de sintomas indesejáveis como a dor.
A liberação miofacial é propriamente utilizada como automassagem para liberar tensão muscular e pontos gatilho. Seria através da aplicação de pressão em pontos específicos do corpo com o objetivo de recuperar os músculos, devolvendo suas funções normais.
O treino miofascial envolve todos os movimentos que os músculos desempenham. Trata-se da manipulação e pressão local, com vista ao aumento do aporte sanguíneo, dos nutrientes celulares otimizando a informação do local para o cérebro e vice-versa, processo também conhecido como informação aferente e eferente.
A liberação miofascial passou a fazer parte dos treinos funcionais como forma de “limpar os movimentos” e desde então vem sendo utilizada como um pré-aquecimento nos treinos, onde os exercícios são realizados sempre no início do treino, antes da ativação muscular. Para executar a liberação miofascial, utilizamos alguns equipamentos como o foam roller, sticks e bolas de borracha.
Para conhecer mais sobre a tecnica e todos os seus benefícios agende agora mesmo uma avaliação conosco.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.