quinta-feira, 28 de julho de 2011

Entrevista - Jose Martins "Zezinho"

O ano de 2011 está sendo marcante para o nosso entrevistado do mês. Durante anos vem se dedicando a evoluir seu skate, largando sua cidade natal para viver o skate em um grande centro. Se deu muito bem por aqui e gravou seu nome no centro de São Paulo junto com sua crew a KDC e começou a espalhar seu nome por todo o Brasil seja em partes de vídeo ou em fotos, como também se destacando em alguns campeonatos. Sua maior conquista aconteceu
a 6 meses atrás e leva junto com seu lindo sorriso o nome de Isabelli. A passagem para profissional e a chegada do seu primeiro pro-model completam este momento de alegria na sua vida, tudo isso fruto da sua força de vontade e talento. Muita coisa boa acontecendo e olha que só estamos no meio do ano, então aguarde que tem várias novidades chegando. Esta é só uma pequena parte da história que Jose Martins o “Zezinho” vem escrevendo no skate mundial.

Nome: Jose Martins de Souza Costa
Idade: 25 anos
Tempo de skate: 13 anos
Local: Birigui, atualmente em Guarulhos
Patrocínio: Hocks e Fóton

SS- Fala Zé, para começarmos a entrevista queria que você falasse um pouco sobre o seu início no skate?
O skate sempre foi uma coisa presente na minha vida , quando eu tinha uns 9 anos, via os caras da minha cidade andando perto de um campo onde eu jogava bola e brincava, foi quando comecei a me interessar, logo depois um camarada tinha arrumado um skate onde andávamos todos, aí ele parou e me deu e eu estou ai até hoje com o skate debaixo do pé.

SS- Você morou por muitos anos no interior paulista, como foi mudar para São Paulo e começar a viver na correria de uma cidade grande?
No inicio foi difícil porque eu tinha que ficar pulando de casa em casa, sempre fui acostumado ao sossego do interior e São Paulo é uma cidade muito corrida, hoje em dia já me instalei e me acostumei com esse ritmo.

SS- Por falar em interior paulista, sempre temos grandes skatistas por lá, como era o skate na sua cidade e como foi começar uma carreira longe de um grande centro?
Sempre me influenciei pelos caras do interior, e na minha cidade mesmo sempre teve lugares para andar e caras com vontade de evoluir, mas chegou um tempo que ninguém mais se importava com o skate e eu mesmo queria muito andar, foi quando resolvi me jogar para o mundo e viver fazendo o que mais gosto.

SS- Lembro a primeira vez que assisti ao Ideais e vi sua parte, fiquei de cara com o seu nível de skate já naquela época, como foi participar deste projeto e quando você assiste esta sua parte hoje, como você se sente?
Foi bem loco, eu conheci o Gema em umas das minhas vindas para SP, ele também curtiu o meu role e me convidou para faze parte do vídeo, hoje em dia quando vejo me sinto orgulhoso, pois isso foi o que me lançou no cenário do skate.

SS- Gostaria que você falasse um pouco sobre a KDC, como foi sua entrada e qual a principal recordação que você tem dessa banca?
Na real a KDC foi o nome que e eu o Chaveiro e o Java colocamos na nossa banca, pois andávamos juntos quase todos os dias no centro de São Paulo, e o legal foi que vários caras de conceito de outras regiões se identificaram com a união.

SS- Você foi o grande vencedor do “Converse My Square” do ano passado, como foi participar de um evento diferenciado como este e como foi à sensação de ganhar um dos eventos mais concorridos do skate brasileiro?
Foi demais! Um evento onde precisávamos apenas andar de skate e filmar sem aquela pressão. E para mim foi melhor ainda, pois consegui realizar o meu sonho de conhecer outros países com o premio que ganhei.

SS- Ir para a Europa é a meta de muitos skatistas brasileiros, como foi esta experiência e quais foram os picos em que você mais gostou de andar?
Foi a escola para o skate e para a vida. Picos perfeitos, fácil acesso a tudo, coisas organizadas, pessoas serias e responsáveis. Todos os picos de Barça são skataveis e legais.

SS- Você tem sonho de ir para os EUA e tentar fazer uma carreira internacional?
Quero muito ir lá e conhecer, ver de onde veio o skate, mas eu tenho na minha mente ficar por aqui e ajudar o skate do Brasil que esta precisando de pessoas com boa vontade.

SS- Recentemente você passou por uma enorme alegria na sua vida pessoal que foi o nascimento de sua filha, como está sendo esta nova fase da sua vida e como isso pode influenciar no seu skate?
Esta sendo tudo novo pra mim, mas sem duvida a melhor coisa que aconteceu na minha vida, acho que melhorou o meu skate pelo menos na parte profissional, pois agora tenho que me organizar mais e planejar como vou educá-la nessa vida de viagens e sem horários .

SS- A sua vida profissional também passa por um momento de grande transformação e alegria com sua passagem para pro, como esta sendo a concretização deste sonho e o que você espera desta nova etapa como skatista?
Espero poder ajudar o skate, repassar o que eu aprendi para nova geração, e claro sempre estar andando de skate com os camaradas, não perder a essência de se divertir.

SS- Você atualmente mora em Guarulhos, cidade que sempre revelou grandes skatistas e que conta com alguns picos já tradicionais, quem são seus companheiros de sessão aqui e quais os picos da cidade em que você mais gosta de andar?
Sempre tive um relacionamento com os caras daqui, no começo sempre ficava na casa de uma galera daqui, até que comecei a namorar aqui, e foi onde tive uma filha e estou por aqui ainda. Costumo andar com o Jabá, Mario Romário, os moleques da brama e os do Cocaia.

SS- Acaba de sair do forno seu model de shape pela Foton, conte para nós como foi o trabalho de desenvolvimento dele e o que você sentiu quando viu ele pronto?
Foi bem legal! Convidei um artista que sempre foi meu camarada e influencia no começo lá em birigui, falei para ele que a idéia era representar o nascimento daí ele fez o desenho no estilo dele, os caras da Fóton curtiram o desenho e iniciamos a produção, quando vi fiquei muito feliz, o primeiro nunca se esquece.

SS- Você vai ter parte no Sinergia, um dos vídeos mais aguardados da atualidade, o que podemos esperar do vídeo e principalmente da sua parte?
Na verdade no momento estou contundido, então não sei quando será lançado, mas até agora temos filmado em vários picos, acredito que vai ser um bom vídeo.

SS- Apesar da pouca idade você já é um skatista profissional e pai de família, isso aumenta a responsabilidade ou é uma motivação a mais na hora de andar de skate?
As duas coisas, as responsas me motivam a resolvê-las cada vez melhor e a todo tempo.

SS- Com todas estas transformações que estão acontecendo na sua vida atualmente, você consegue fazer planos para o futuro?
Na verdade eu tento me planejar para o futuro, mas deixo as coisas irem acontecendo naturalmente, um dia de cada vez, tento me adaptar a cada desafio.

Agradecimentos: primeiramente a Deus, ao skate que me proporcionou varias coisas boas nessa vida, minha mãe e o pessoal de Birigui, a minha mulher Camila e minha filha, Just e galera da Fóton, Hocks. Gordo e MTZ, Granja, KDC e a todos aqueles que estão comigo e querem o meu bem. É nóis!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mega Hematoma

No início deste mês um mega evento de skate passou por São Paulo. Trata-se da Mega Rampa com “mega manobras”, “mega skate village”,” mega cobertura da imprensa” e um “mega publico” que tomou conta do Anhembi.
Como tudo na Mega é “mega” mesmo, incluindo os equipamentos de proteção (http://skatesaude.blogspot.com/2009/10/guerreiros-da-mega-rampa.html) e também os tombos, como a já mundialmente famosa queda do Jake Brown no X-Games de 2007, este ano a Mega aqui no Brasil me mostrou mais uma mega surpresa.
Todo mundo já bateu o skate na canela e ganhou aquela marca roxa, ou até mesmo após uma queda do skate ficou com um hematoma em algum lugar do corpo.
O Hematoma é um extravasamento de sangue de um tecido que forma uma coleção fechada, geralmente causado por um trauma. Durante os treinos de sexta feira, Lincoln Ueda a.k.a “japonês voador” sofreu uma queda no quarter pipe que acabou tirando ele da competição.

Com a queda ele lesionou a mão esquerda e acabou ganhando este “mega hematoma”. O tratamento para hematomas são simples, aplicação de gelo várias vezes ao dia e dependendo do local da lesão o posicionamento do membro também pode ajudar a diminuir o acumulo de sangue e conseqüentemente diminuir o hematoma. No caso do Ueda este hematoma deve persistir por algum tempo, pois pelo tamanho e pela coloração a pancada nesta região foi muito forte.

Ainda bem que nada de mais grave aconteceu e provavelmente o Ueda já volte a voar na próxima etapa do X-Games como você pode conferir na entrevista que ele concedeu ao repórter da ESPN, Sidney Arakaki.

Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Skate Saúde X Cisco Skate

O Skate Saúde é projeto que visa à longevidade, segurança e evolução no skate, e baseado neste lema segue suas metas de trabalho.
Focado na reabilitação e condicionamento físico de skatistas o projeto que já contava com patrocínio da Famous Sport, Sigilo Skateshop, Liga Trucks e apoio da Matriz Skateshop, acaba de ganhar um novo parceiro para solidificar ainda mais sua área de atuação no skate brasileiro e melhorar ainda mais a qualidade dos materiais utilizados na clínica.

O Skate Saúde apresenta com muito orgulho seu novo parceiro, a Cisco Skate, que nasceu no ano de 2003, com a finalidade de buscar novas tecnologias para melhorar os produtos destinados ao skate, tendo foco em sua linha de shapes, trucks e rodas.
Mantém durante estes anos um formato diferente ao atender o mercado, lançando seus shapes em séries compostas de 4 estampas.

CISCO SKATE HOUSE - OBRIGADO MARINGÁ from Cisco Skate on Vimeo.


Sua equipe principal é composta atualmente pelos skatistas profissionais Everton Tutu e Gui da Luz e os amadores Henrique Alves, LP Aladin, Daniel Mordzin e Marcos Maciel alem de um flow team com skatistas de altíssimo nível espalhados pelo Brasil.

A Cisco Skate espera continuar por muitos anos contribuindo para este mercado, com a sua evolução dos produtos para o skate, tanto quanto o Universo no qual vivemos. Prova disso foi à construção recente da Cisco Skate Plaza, dentro da fábrica em total harmonia com a natureza onde os skatistas da marca e convidados podem usufruir de uma Plaza perfeita para as sessões alem conseguirem testar na hora os shapes produzidos com uma resposta imediata e eficaz.

“A parceria surgiu no primeiro semestre de 2011, por intermédio do nosso video maker, Bruno Inhudes, que mora na mesma cidade do Thiago “Pino”, que logo despertou interesse aqui no pessoal, uma pelo fato de todos aqui na Cisco andarem de skate e conhecer de perto como é ruim uma lesão, por menor que seja, e como é importante um acompanhamento especializado na recuperação, e outra pela preocupação com nossos atletas, e o Skate Saúde mostra justamente isso, projeto pioneiro, feito também por um skatista que tem essa preocupação, sabe as necessidades dos atletas e tenta mesclar seus conhecimentos e aplicá-los no mundo do skate, Parabéns ao Thiago e todos os envolvidos por uma melhor condição e vida longa em cima do carrinho, skate é saúde” falou Ângelo Esteves, Team Manager da Cisco sobre a parceria.

Para Thiago “Pino” idealizador do Skate Saúde “Eu já admirava muito a Cisco pelo seu comprometimento com o skate, patrocinando eventos, produzindo excelentes materiais, sempre com uma equipe de peso e criando eventos diferentes como o Cisco Skate House. Com a construção da Plaza isso só aumentou. Para nós do Skate Saúde é uma honra ter uma empresa que tanto faz pelo skate como nossa parceira, espero que nosso trabalho renda bons frutos para o skate brasileiro”.

Para saber mais sobre a Cisco Skate acesse www.ciscoskate.com.br e fique pode dentro das novidades da marca, e continuem acessando o www.skatesaudeblogspot.com e fique de olho nas nossas mídias sociais, pois sempre estaremos colocando as novidades do nosso novo parceiro.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Entrevista - Leticia Bufoni

Preconceito. Esta é uma palavra que acompanha o skate feminino no Brasil há muitos anos e com certeza um dos fatores que mais prejudicam a evolução das meninas que vem dando o sangue durante as sessões. Felizmente essa visão vem mudando bastante nos últimos tempos, graças ao esforço de muitas guerreiras que fazem o skate feminino acontecer no Brasil. Recentemente tive a oportunidade de atender uma dessas guerreiras e ver de perto sua determinação em voltar a andar , já que ela é um dos principais nomes do skate feminino brasileiro e mundial, superando barreiras e conquistando objetivos inimagináveis até pouco tempo atrás. Dias antes de vencer a etapa de Roma do Circuito Mundial ela respondeu as perguntas desta entrevista, confira agora como foi nossa conversa com a Leticia Bufoni a entrevistada do mês no Skate Saúde.

Nome: Leticia Bufoni
Idade: 18 anos.
Tempo de skate: 8 anos.
Local: Los Angeles
Patrocínio:Volcom, Osiris, Foundation, Bones, Crail, Paradox.

SS- Você é moradora da zona leste paulista local de muitos skatistas com alto nível, como foi seu início no skate e quem foram suas principais influencias?
Sempre andei com os meninos da minha rua, e começou a modinha do skate na minha vila. Comecei a andar e logo em seguida descobri que tinha um cara chamado Anderson “Pig” dando aulas de skate em frente à casa dele que era bem perto da minha casa e tinha alguns obstáculos, e comecei a andar de skate com ele. Depois ele começou a trabalhar na Plasma que era a antiga pista de skate no Shopping Aricanduva e fui andar lá, gostei comecei a ir todos os dias e nunca mais parei. Minhas influencias na época eram Cris Cole, Paul Rodrigues e Luan De Oliveira.

SS- Sabemos que o skate feminino sofreu por muito tempo um grande preconceito, você já sentiu isso na pele?
Já senti sim, principalmente com alguns visinhos.
SS- O mercado de skate no Brasil esta em constante processo de mutação, mas mesmo assim ainda deixa a desejar em muitos aspectos, e o skate feminino é um deles, como você enxerga o skate feminino por aqui e o que pode ser feito para melhorar?
Acho que o skate feminino no Brasil esta crescendo e vai crescer ainda mais, ta faltando eventos grandes, patrocínios e mais mídia.

SS- Como surgiu a oportunidade de você ir para os EUA e como foi a sua adaptação por lá?
Fui convidada para participar dos X Games e chegando aqui consegui alguns patrocínios. Percebi que o futuro do skate é nos EUA, pistas e picos de rua, ai só voltei para o Brasil para visitar. A adaptação foi bem difícil, morar sozinha sem família e amigos, outra língua totalmente diferente, mas acho que peguei rápido.

SS- Como é a cena do skate feminino lá nos EUA e quais as principais diferenças entre o mercado de lá e o daqui?
A diferença é que aqui tem mais eventos, mídia e apoio.

SS- Aqui no Brasil nos últimos muitos formatos novos de campeonatos tem sido desenvolvido, campeonato de linha, game of skate entre outros, qual formato de campeonato mais a grada você e por quê?
Gosto de todos, mas os campeonatos que mais gosto é Jam Session e linha.

SS- Você há muitos anos participa do X-Games e do Circuito Mundial, mas seu resultado mais relevante na gringa foi a conquista do Maloof Money Cup, como foi ter ganhado um dos eventos mais importantes dos EUA e o que isso acrescentou a sua carreira?
Na hora nem acreditei, ter ganhado o Maloof foi um “up” na minha carreira.

SS- Há alguns anos atrás você foi local da pista da Plasma aqui em SP onde os picos de rua não são fáceis de serem descobertos, e na gringa vemos uma grande quantidade de pistas e também de picos de rua, você prefere andar em quais picos ai nos EUA?
É uma grande diferença dos picos daqui e os picos do Brasil, aqui tem muito mais opções de Skateparks, de picos de rua e todos são perfeitos, eu gosto de vários picos tipo Downtown Ledges e Belmont School entre outros.

SS- Recentemente você fez tratamento para uma lesão no tornozelo com nós aqui no Skate Saúde, o que você achou do nosso trabalho e existe algo parecido por ai?
Gostei muito do trabalho de vocês, meu pé ficou zero rapidão, na real eu nunca precisei fazer fisioterapia aqui.

SS- Fora o skate você pratica snowboard e surf, você acha que a prática destas atividades ajuda você a desenvolver melhor o seu skate?
Com certeza, ajuda bastante no desenvolvimento do pop, o snowboard fortalece bastante as pernas também e isso acaba ajudando no skate.

SS- Apesar de viajar o mundo andando de skate e morar na Califórnia o principal foco do skate mundial, como fica o coração e a cabeça quando o assunto é família?
Quando o assunto e família da vontade de voltar para o Brasil o mais rápido possível, mas como sempre estou visitando o Brasil não tenho muito problema em ficar tanto tempo longe.

SS- O que de mais importante o skate te deu até hoje e qual a principal lição você aprendeu com ele?
Amigos e conhecer o mundo através do skate.
A principal lição que aprendi é que é possível realizar seus sonhos, só tem que acreditar e correr atrás.

SS- Quais são os seus planos para o futuro e o que pretende fazer quando parar de andar de skate profissionalmente?
Na real ainda não tenho idéia, mas provavelmente trabalhar na indústria.

Agradecimentos: Deus, Família, Amigos, Volcom, Osiris, Foundation, Crail, Bones e Paradox.